Quem sou eu

sábado, 30 de abril de 2011

Corridas de rua trazem lucro físico e bancário

Com gastos médios de R$ 1.054 por prova fora de casa, praticantes movimentam receita de R$ 3 bilhões


A prática de exercícios físicos faz bem para a saúde e para a economia. Nova mania no país do futebol, a corrida de rua gera sozinha uma receita de R$ 3 bilhões, cifra que cresce entre 20% e 30% ao ano. Seus adeptos, estimados em 4 milhões, aceleram o passo na pista e nos gastos. De acordo com pesquisa da Corpore, maior clube de corredores da América Latina, na média, cada atleta gasta R$ 518 por prova. Se a prova for em outra cidade, a despesa sobe para R$ 1.054, repartidos em treinamento, itens esportivos, hospedagem e lazer.

Com fôlego de sobra, esse exército ainda imprime velocidade ao turismo, seja ele esportivo ou de eventos ligados ao esporte. E aí não são só os corredores que levam os negócios para além da linha de chegada. De olho no público que adora triathlon, passou a conhecer golfe e não resiste a uma aventura no rio ou na montanha, agências de turismo passaram a oferecer pacotes especiais, onde o prêmio é exercitar-se enquanto se exploram os destinos.

“O grande foco das maratonas é o turismo esportivo. O corredor viaja até o local da prova, passa alguns dias por lá e acaba gerando benefícios para o município. E a mesma lógica vale para outros esportes”, diz o presidente da Corpore Brasil, David Cytrynowicg. Segundo ele, o corredor do século XXI tem uma renda familiar média acima de R$ 5 mil, o que permite a participação em maratonas pelo Brasil e no exterior. “A corrida ganhou status. No final dos anos 80, correr era sinônimo de 2ª classe. Hoje, tornou-se um esquema nobre. Saiu da passarela e foi para a galeria”, compara.
 
Segundo ele, uma única corrida de rua movimenta entre R$ 1,44 milhão e R$ 6 milhões, dependendo da quantidade de atletas de outros estados. “Mas ainda há muito espaço para crescer. Para se ter uma idéia, nos Estados Unidos, onde há 40 milhões de corredores, só a última edição da maratona de Nova York movimentou mais de R$ 350 milhões”, detalha. 
 
Há pouco mais de dois anos, a TAM Viagens, que já trabalhava com eventos ligados ao automobilismo e ao futebol, apostou nas corridas e consolidou-se como operadora de maratonas. De lá pra cá, registra crescimento anual de 20% tanto na oferta de pacotes quanto no número de clientes. E, a cada temporada, a empresa vê o nicho aumentar a participação em suas vendas totais.
 
O atleta que deseja competir em Chicago, por exemplo, encontra pacotes por R$ 5.700 à vista, ou R$ 1.140 divididos em cinco parcelas. Em moeda norte-americana, o passeio, que dá direito a trecho aéreo ida e volta (partindo de São Paulo), hospedagem durante quatro noites, inscrição e kit, sai a US$ 3.098. Competir em Roma fica mais barato: R$ 3.812,48, ou cinco pagamentos de R$ 762,96. A procura vem crescendo mais de 30%, principalmente para o exterior.
 
Se a perna não é tão grande para tamanho passo, uma alternativa é botar os pés para correr em solo nacional. Existem dezenas de corridas semanalmente nas principais capitais e cidades do país permitindo ao Corredor que se programe com antecedência para que, além de investir na própria saúde, invista também no turismo interno.

Fonte: Jornal Hoje em Dia - janeiro 2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O tênis adequado ao seu tipo de pé


Há alguns meses eu publiquei um post contando minha experiência pessoal com tênis, marcas, modelos, tamanho, etc.
Hoje o assunto é novamente tênis mas dessa vez redigido por um profissional de Educação Física! O dono do texto é o Felipe Romano, Preparador Físico em SP, que publica seus textos em sites como Ativo.com
De algumas semanas para cá, tive a oportunidade de trocar alguns emails com o Romano e pedi sua autorização para publicar este texto sobre tênis aqui no meu blog. Como ele gostou da idéia e do blog, autorizou a publicação e ainda me disse que está disposto a publicar outros textos sobre corrida aqui neste espaço!
Um prazer para mim, Romano! Seja bem vindo e obrigada pelo texto e pelo incentivo!

Escolher o tênis adequado torna a corrida mais prazerosa, ajuda na prevenção de lesões e melhora a performance. Confira algumas dicas
Por Felipe Romano 
 
foto: ivan padovani - ativo.com
A corrida é um esporte aparentemente simples: é só pegar um tênis qualquer e sair correndo. O problema é que de simples não tem nada, tornando-se complexo à medida que você tenta progredir no esporte. A corrida exige muito equilíbrio entre as várias funções do corpo.
O principal é possuir uma estrutura óssea e muscular adaptada e condição cardiorrespiratória que suporte o esforço necessário. Em muitos casos não adianta só fôlego se a musculatura não está preparada para suportar a quilometragem de treino. Junte isso com um tênis e técnica inadequados e pimba! Uma lesão para atrapalhar os treinos.
O objetivo do tênis é corrigir alguma falha. No entanto, poucas pessoas recebem orientação adequada na hora de comprar um tênis. Algumas marcas indicam em seu site os tênis ideais para cada tipo de pisada. Escolher o calçado adequado torna a corrida mais prazerosa, já que proporciona mais conforto, auxilia na prevenção de lesões e melhora a performance.
Descobrir o seu tipo de pé até que é fácil: ele pode ser chato, de arco normal ou alto. Basta olhar para a figura abaixo e ver qual é o seu tipo de pé. Agora descobrir o seu tipo de pisada, isto é, como é a maneira que seu pé pressiona o solo durante a corrida, é outra coisa.

Os tipos de pisada existentes são a supinada (pisada para fora), neutra, e pronada (pisada para dentro). Muitas pessoas acham que o tipo de pé determina a pisada, mas isso não é verdade. Existe uma tendência do tipo do pé determinar a pisada, mas isso não é a regra. Para descobrir o seu tipo de pisada você tem algumas maneiras:
Alguns tipos de teste
Scanner de pé: você pisa num scanner que mapeia seu pé em dois momentos, com o indivíduo jogando o peso do corpo no pé e outro sem jogar o peso do corpo no pé;
Baropodometria: um aparelho faz a análise dos pontos de pressão na sola do pé. Existem dois tipos no mercado, o primeiro no qual o indivíduo anda descalço de um lado para outro pisando em cima de uma plataforma. A outra maneira é colocar sensores na palmilha do calçado do indivíduo e ele anda e corre na esteira, onde numa tela aparecem os pontos de maior pressão;
Observação: a análise é feita com o olhar do treinador ou qualquer outra pessoa habilitada, pode ser estático ou dinâmico.

Os efeitos do calçado inadequado vão desde bolhas e perdas das unhas, a fraturas, tendinites e dores nas articulações do tornozelo e do joelho. As funções básicas de um tênis são amortecimento, absorção, leveza, fácil transpiração e proteção dos terrenos irregulares e de desvios de estruturas das pernas. O não cumprimento dessas funções pode acarretar em diversas lesões.
Quanto tempo dura um tênis?
A durabilidade de um tênis é medida pelos quilômetros rodados, ou melhor, corridos. Em geral, ele perde a elasticidade e o amortecimento quando alcança de 500 a 800 quilômetros. Isso porque o desgaste depende de fatores como tipo de solo, peso do corredor e a qualidade do material.
O corredor pode aumentar a durabilidade do tênis correndo em terrenos mais macios, como grama, areia ou terra, terrenos asfaltados podem encurtar a vida média do calçado. Se o corredor puder, é indicado fazer a troca entre um treino e outro para aumentar o tempo de uso e melhorar e sistema de absorção.
Uma última observação, não basta o corredor fazer todos os testes que puder e comprar o melhor tênis, é preciso seguir algumas recomendações básicas antes e depois do treino, como um bom alongamento, trabalhos de fortalecimento, treinos específicos, entre outros. Esses fatores aliados à tecnologia dos testes e treinamento ajudam o corredor a fazer um treino ou prova de maneira prazerosa.
 
Felipe Romano 
Felipe Romano é preparador físico em São Paulo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Meu 2º Convidado... Régis Calvi

Vocês são testemunhas do quanto venho defendendo e insistindo na importância do fortalecimento muscular para Corredores. Grande parte dessa minha consciência vem da influência muito positiva de um dos profissionais de Educação Física da academia onde treino há 4 anos, Régis Calvi.

Hoje é o Régis quem escreve para nós sobre a importância da Musculação.

Eu defino o Régis como um profissional incansável na busca da melhora de performance daqueles alunos (alguns amigos!) que ele resolve "adotar". Eu felizmente sou uma das privilegiadas adotadas por ele!

Ele é maduro, competente, técnico e muito duro nas cobranças. Dificilmente elogia (sei que isso faz parte de sua estratégia!) o que faz com que quando o elogio vem, nós, os "adotados", sabemos que é fruto de trabalho sério. 

Foi o Régis que, há 13 meses, diagnosticou em mim o que parecia ser o início de uma Fascite Plantar no pé direito, e disse: "Troque o tênis. Se teimar e não trocar, a dor vai piorar e pode evoluir, no médio-longo prazo, para uma cirurgia". Preciso como ele sempre é, completou: "Compre o Asics Nimbus se quiser continuar correndo". 
Era o fim de uma forte dor na sola do pé e o início da minha paixão pelos Asics. 

Foi o Régis que há 8 meses, ao me ver um dia na academia cumprindo a rotina de uma ficha de musculação bem genérica, me pegou pela mão e disse: "A partir de hoje você terá uma ficha específica para uma Corredora amadora. Mas vai ter que fazer 'isso aqui' para evoluir". E categórico concluiu: "Duas vezes por semana bastam. Mas não invente exercícios nem deixe de fazer os que aqui estão".

É o Régis que quase todos os dias em que estou me alongando ao lado da esteira para na sequência subir na mesma, vem até mim e diz: "Musculação hoje depois da esteira, né?". 
Logo entendo a mensagem e procuro balancear meu tempo disponível entre a corrida e a minha ficha de musculação.

É o Régis quem me cobra que aqui eu realmente faça confissões, como por exemplo, a confissão de que eu cometi um erro entre meados de dezembro e fim de fevereiro, ao decidir apenas correr e deixar a musculação para "quando desse tempo". A "conta" veio alta e minhas dores na lombar e pontadas no joelho se tornaram mais insistentes nesse período. Coisas do passado agora que tomei juízo de novo. 

Pronto, Régis! Fiz a confissão que você tanto me cobra fazer!

Régis, obrigada por toda a ajuda nesses últimos anos! Obrigada por me cobrar melhorar sempre. Parte da minha evolução vem claramente do que aprendo com você! 

Agora o espaço é todo seu!

Para falar um pouco dos benefícios da musculação (exercícios resistidos) para populações específicas, no caso aqui, para corredores amadores, gostaria que entendêssemos os principais motivos da prática do exercício com pesos para a população geral.
A perda da massa muscular ocorre com o passar dos anos e é documentada em vários estudos com números parecidos. Ocorre de 10 a 15% de perda dos 20 aos 50 anos e de 30% ou mais, dos 50 até os 80 anos. A diminuição deste volume muscular corporal tem como conseqüência o comprometimento da capacidade de realizar atividades da vida diária como compras, passeios, carregar coisas, etc, além de maior risco de quedas e o aumento dos riscos cardiovasculares nestas mesmas situações, pois o esforço para realizá-las é bem maior1
Bom, então vamos ao primeiro motivo para se optar pela prática da musculação. Entre vários estudos, o que mais gosto de apresentar é o de Klitgaard H., que em 1990 publicou uma medição da secção transversa do quadríceps em cm2 de diferentes grupos (jovens sedentários, idosos sedentários, idosos nadadores, idosos pesistas e idosos corredores) e suas respectivas capacidades de torque. O grupo que mais se aproximou dos valores dos jovens foi o de idosos pesistas, sendo que os outros grupos não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre si. A conclusão deste estudo foi que estes resultados parecem sugerir que o treinamento de força pode neutralizar as mudanças relacionadas à idade na função e morfologia do músculo esquelético de envelhecimento humano2. É sabido que músculos mais fortes e  hipertrofiados tem importante função na desaceleração dos movimentos e diminuem as sobrecargas nas articulações em relação a músculos fracos.
Corredores com pouca saúde musculoesquelética tem sua atividade prejudicada, principalmente com o comprometimento de tendões, músculos e articulações que geram dor.  Os exercícios físicos estimulam a integridade da saúde musculoesquelética e sua preservação com o passar dos anos. No entanto, isto apenas realmente acontece se as variáveis de sobrecargas forem muito bem controladas e os exercícios resistidos forem os mais eficientes e seguros8.
Quando corremos, usamos o meio aeróbio como predominante fonte de energia, porém, também usamos energia de fontes anaeróbias, que causam fadiga e acidose muscular – aquela sensação de queimação.  O início da intensidade de esforço em que não se usa mais exclusivamente energia aeróbia e requer ajuda da produção de energia sem o oxigênio (anaeróbio) para cumprimento da atividade, é denominado limiar anaeróbio6.  Quanto mais alto for o limiar, maior a economia de energia numa mesma intensidade em relação a um limiar menor ou, mais economia de energia em relação a uma outra intensidade qualquer. Sempre que um indivíduo fraco realizar uma atividade, ele usará mais fibras que um indivíduo mais forte, e se este uso de fibras for muito grande, haverá compressão dos vasos sanguineos, dificultando a passagem do sangue e gerando a maior utilização da via anaeróbia de produção de energia, ocasionando mais fadiga. Resistência para a atividade aeróbia, como caminhar, ou correr de forma suave para praticantes adaptados, por exemplo, depende da força muscular, que é proporcional ao limiar anaeróbio.7
O conceito de economia foi bem aceito na literatura e está presente na conclusão dos resultados de muitos estudos. Vale aqui citar alguns estudos que correlacionam o “desempenho” aeróbio com o trabalho com pesos como, por exemplo, o estudo do do Dr. HOF J. (2002) que concluiu que exercícios de força máxima com ênfase em adaptações neurais melhora, em particular, a taxa de desenvolvimento de força e melhora o desempenho de resistência aeróbia pela economia de trabalho em esquiadores cross country3, e o de  HICKSON, R.C (1980),  que concluiu que a ação dos pesos melhora a resistência de curto prazo, ou seja, aquela que se usa força ou sprint .
Mas alguns estudos sugerem melhora de desempenho aeróbio apenas em condições específicas mensuradas que não condizem com a proximidade de nossos atletas amadores, muito menos de corrida Cross Country que, apesar de aeróbio, é diferente de correr, no caso do primeiro estudo e não nota diferenças na resistência da corrida no caso do segundo estudo.  
Estudos mais específicos de exercícios com pesos e corrida que monitoram o desenvolvimento do VO2 máx. após programa de treinos como é o caso de Hickson R. C. (1988), não notam qualquer evolução neste parâmetro.  A medida de VO2 máx. é o parâmetro de potência aeróbia máxima que prolongará esforços contínuos, portanto é o mais fidedigno para a predominância da atividade. Os outros ganhos, como citados anteriormente, para amadores são muito relativos e dependem do objetivo de cada um.
Notem que os estudos importantes são antigos, portanto, este conhecimento não é novidade para os profissionais, mas não são bem esclarecidos para a população geral. Assim, sugiro que procurem um educador físico para a prática da musculação, enfatizando o ganho e manutenção da força no longo prazo, a estabilidade e a manutenção da saúde musculoesquelética e a economia de energia nas atividades de maior demanda.

Régis Calvi / Personal Trainer
            CREF 065903 G /SP


1. GURALNIK, J.M.; FERRUCI, L.; SIMONSICK, E.M. et al. Lower-extremity function in persons over the age of 70 years as a predictor of subsequent disability. N. Engl J Med, v. 332, p. 556:61, 1995.
3.      3. J. Hoff,  A. Gran,  J. Helgerud; Maximal strength training improves aerobic endurance performance. Scandinavian Journal of Medicine & Science in SportsVolume 12, Issue 5, pages 288–295, October 2002;
4.      4. HICKSON, R.C., M.A. ROSENKOETTER, and M.M. BROWN. Strength training effects on aerobic power and short-term endurance. Med. Sci. Sports Exercise. Vol. 12, No. 5, pp. 336-339, 1980
5.      5. R. C. Hickson, B. A. Dvorak, E. M. Gorostiaga, T. T. Kurowski, C. Foster Potential for strength and endurance training to amplify endurance performance. Journal of Applied Physiology November 1988 vol. 65 no. 5 2285-2290;
6.      6. MARCINIK, E; POTTS, J; SCHLABACH, G; et al. Effects of strength training on lactate threshold and endurance performance. Med Sci Sports Exerc, v23, p. 739-743, 1991.
7.      7. ADES, P.A; BALLOR, D.L; ASHIKAGA, T; et al. Weight training improves walking endurance in health elderly persons. Ann Intern Med, v. 124 p. 568-572, 1996;
8.      8. FEIGENBAUN, M.S; POLLOCK, M.L; Prescription of resistance training for health and disease. Med Sci Sports Exercise, V.31 p. 38-45, 1999;

quinta-feira, 21 de abril de 2011

2º Treino Coletivo e Enquete

Rumo a Athenas e outras provas que faremos ao longo do ano, segue aqui convite para mais um delicioso treino coletivo!

Dia 01 de Maio
Taquaral - Campinas
Ponto de Encontro: Largo do Café às 7.45h para alguns minutos de alongamento e largada às 08h
Antes que o sol castigue mais!

Será uma bela comemoração coletiva do Dia do Trabalho em forte trabalho aeróbico conjunto!

Aproveito para avisar aos meus Seguidores e Leitores que o blog está de cara nova e coloquei uma enquete na página principal. Quero saber sobre o que mais vocês querem ler, por isso existem algumas opções pré-definidas. Basta clicar em uma ou várias opções.

Se quiser ler posts sobre algum outro tema não listado lá, deixe um recado para mim no campo de Comentários deste post ou do último post publicado na data de sua sugestão. Eu recebo todos os comentários de vocês por email também, não escapará do meu radar qualquer sugestão!

Cuidados Especiais para Joelhos Femininos

Hoje já se sabe que o treino feminino tem que ser diferente do treino masculino na corrida. Essa diferenciação pode significar, além de melhores resultados, mais proteção contra lesões.

Joelhos femininos são mais suscetíveis a lesões que joelhos masculinos. Isso acontece por causa de uma diferença anatômica estrutural entre os sexos que começa no formato do quadril. A bacia tem basicamente 2 funções: sustentar o tronco e órgãos internos, tanto para homens quanto para mulheres. Mas a região possui uma anatomia diferenciada para elas, que permite a passagem do feto na hora do parto, além de proteger o sistema reprodutor. Por isso, os ossos da área são mais largos.

Isso se reflete em uma angulação maior entre os ossos do fêmur e da tíbia, criando um formato em "X" nos membros inferiores, ou seja, com os joelhos para dentro e os pés mais afastados do corpo para se equilibrarem com os quadris. Assim, ao pisar no chão, as mulheres tendem a aumentar o ângulo da passada, fazendo um movimento diferente do masculino ao caminhar.

Na hora da corrida, essa alteração anatômica traz uma série de diferenças para a Corredora. Ao caminhar, sempre temos um dos pés no chão. Já na passada da corrida, existe a fase aérea, quando não temos qualquer contato com o solo. Ao devolver o pé ao chão, acontece um impacto nos membros inferiores que, nas mulheres, pode ser mais desgastante para as articulações.

Esses padrões podem ser considerados fatores de predisposição para alguns tipos de lesões, principalmente em esportes que exigem movimentos repetitivos, como a corrida.

Para evitar as lesões e a queda de desempenho que as alterações estruturais podem trazer às Corredoras, é sempre bom estar atenta a possíveis sinais de machucados e realizar sessões de fortalecimento específicas para proteger a região do impacto. O alongamento e o fortalecimento dos membros inferiores são fundamentais para evitar desequilíbrio e compensações. Trabalhos de equilíbrio também ajudam na melhor distribuição da sobrecarga nos membros inferiores, evitando lesões.

Apesar dessa estrutura anatômica das mulheres favorecer surgimento de lesões, profissionais da área de Educação Física afirmam que elas são as que menos se machucam porque são mais cuidadosas e preocupadas com a melhora gradativa de desempenho. O importante é não insistir em correr muito forte sem a preparação adequada. Trabalhando com cuidado e de forma gradativa, a chance de lesões é consideravelmente menor.

Fonte: Revista W Run

domingo, 17 de abril de 2011

Proteína na Medida Certa

Quem quer desenvolver músculos e ter um corpo definido, deve estreitar laços com as proteínas. Como componente estrutural das células do corpo, a proteína está em todo lugar: anticorpos, enzimas, alguns hormônios, glóbulos vermelhos, cabelo, todos os tecidos, paredes dos órgãos, além de serem fonte de energia.

Apesar de indispensável ao corpo, não existe o conceito de "quanto mais, melhor". Uma pessoa sedentária deve ingerir diariamente, em média, 0,8 g a cada quilo de peso. Uma mulher praticante de atividade física, deve consumir de 1,2 a 1,8 g/kg, por dia.

A proteína consumida em excesso será utilizada para a produção de energia, com substância tóxicas de resíduo, como a amônia. Os rins e fígado também são sobrecarregados e o organismo passa a funcionar de forma desequilibrada, pois entende que há falta de alimento. Com isso, diminui a utilização de gordura como fonte de energia.

As fontes vegetais de proteína são de boa qualidade apesar das proteínas animais serem melhores. Ovos, leite e derivados, como o queijo, são boas opções para suprir a necessidade protéica do organismo. Para os que não ingerem alimentos de origem animal, feijão, soja e brócolis são boas alternativas.

Combinar proteína com carboidrato aumenta o desempenho durante a atividade física. Estudos comprovam que o carboidrato ajuda a proteína a trabalhar de forma mais eficiente, facilitando a absorção dos aminoácidos pelo organismo. A proporção deve ser de 4g de carboidrato para cada 1g de proteína.

E há ainda uma excelente notícia: consumí-la de forma correta não trará apenas músculos mais firmes e melhor rendimento na corrida. A proteína na quantidade correta também torna a pele mais bonita e saudável e diminui a produção do hormônio que nos faz sentir fome, aumentando a sensação de saciedade!

Alimentos ricos em proteína: queijo (magro, de preferência), leite, grão-de-bico (entre os vegetais, este é um dos mais ricos em proteínas), grão de soja, feijão, laticínios, iogurte, peixe (a carne mais rica em proteína é a de peixe; 90g de atum contêm 22 g de proteína).

Fonte: REVISTA W RUN

A História da Mizuno 10 Miles

Toda prova de rua tem uma história própria! Em todas que participei até hoje, tiro aprendizados para a prova seguinte e hoje, ao correr as 10 milhas da Série Mizuno 10 Miles, não foi diferente.

Tudo começou com uma curta mas ótima noite de sono. 6 horas de sono tranquilo são melhores que 8 horas de uma noite interrompida pela ansiedade (já experimentei isso na véspera de uma prova em 2010).

Despertador toca às 05.10h e depois de um belo café da manhã no quarto do hotel, eu e a querida Paulinha tomamos o táxi rumo ao Jócquei Clube de SP guiadas por um motorista bem estranho: nos perguntou se estávamos indo para algum show no Jócquei! De shorts, boné, número de peito e tênis às 06.15h da madrugada de um domingo?? Quase respondi que sim... que o U2 tinha resolvido fechar a semana no Brasil com um show para mulheres vestidas de rosa, cor da nossa camisa hoje. Preferi ser delicada e explicar o que íamos fazer tão cedo no Jocquéi!

Chegando lá encontramos a animadíssima Gláucia no local pré-combinado e subimos para o ponto de largada. Após alongamento e um rápido trote, lá estávamos nós três, na contagem regressiva.




Largada autorizada, lá fui eu para minhas 10 milhas (=16 km). Eu sabia que não estava tão preparada quanto para os 16 km que fiz no Circuito Athenas em 2010. Está faltando musculação (meu maior aprendizado desta prova de hoje)! Eu sei disso e estou em plena curva de recuperação dos meses em que decidi muito mais correr do que investir no meu fortalecimento muscular. Mas ainda preciso de algumas semanas para voltar ao excelente ponto onde estava às vésperas da meia-maratona em outubro passado. Mas estou no caminho certo e numa disciplina que me orgulha!

Fiz os 16km em exatos 1h 20 mins, 2 mins a mais que meus 16km em 2010. Mas dentro do objetivo de 1h 20mins que eu havia estabelecido quando me inscrevi. Saí desta prova muito feliz e, melhor, muito bem fisicamente.

Como em toda prova longa, nesta também eu corri boa parte do tempo ao lado dos mesmos corredores. Aquelas pessoas que estão no seu mesmo ritmo de min/km e por isso viram seus "companheiros" de prova. Hoje, no fim da prova, quando eu havia acabado de cruzar a linha de chegada, fui abordada por um desses Corredores que veio me parabenizar e, para minha surpresa, me agradecer! O Sérgio, que é semi-maratonista e personal trainer, me disse que eu fui uma espécie de "Coelho" que o fez querer manter o ritmo acelerado. Adorei o reconhecimento!

Sérgio, você também foi uma excelente referência para mim durante a corrida! Também me inspiro em pessoas de ritmo forte e constante como o seu. Pessoas assim sobem a régua e eu gosto disso.
Obrigada você que me disse que será mais um dos Seguidores do meu blog! E sucesso na meia-maratona de Floripa!

E para terminar essa minha história, gostaria de contar mais 2 coisas...

...que hoje corri com alguns de vocês que me seguem aqui no blog! Como? Nesta semana fiz uma atualização do meu setlist com várias das músicas do nosso CD e por isso alguns de vocês estavam comigo! Dá-lhe "Pump it", "Tonight", etc...

...que como se já não bastasse a prova propriamente dita, eu e Paulinha, inspiradas por um lindo e ensolarado dia paulistano e derramadas por uma dose cavalar de Serotonina, decidimos voltar ao hotel caminhando! 6 adicionais quilômetros muito divertidos, de muitas risadas!

Gláucia, da próxima vez você está convidada para desaquecer numa singela caminhada do Jocquéi ao Morumbi!

E agora? À espera de Athenas, meu xodó!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Esteira ou Rua?

Existe um eterno debate sobre o que é melhor: correr na rua ou correr na esteira. Ambos os treinos têm sua importância, vantagens e desvantagens.

Para os que querem evoluir na corrida e participar de provas de rua, é importante que se treine na rua e na esteira pois existem diferentes ênfases de solicitações musculares nos 2 tipos de treinos.

Quando se corre na esteira, quem empurra o chão para trás é o motor. Já na rua é a nossa perna quem faz este trabalho. Na rua, a musculatura responsável por estender o quadril - movimento que corresponde ao momento em que o pé toca o chão - será mais solicitada. E além de exigir mais da musculatura, exige-se mais também do sistema cardiovascular (controle da respiração e frequencia cardíaca).

Isso quer dizer então que o treino de esteira é fácil e não ajuda na evolução? Não, de forma alguma!

O esforço na rua é realmente maior mas o treino de esteira te possibilita uma regularidade e controle de velocidade que você não consegue alcançar na rua. Na esteira, é você quem determina a velocidade, os ritmos de início, meio e fim. Na rua, você não mantém a mesma regularidade seja pela imperfeições do terreno, pelas interferências externas ao seu redor (pessoas, sons, odores, etc), seja pelo fato de que você não tem um painel eletrônico à sua frente que não te deixa oscilar a velocidade.

A esteira é também bastante indicada para os que ainda não estão com a estrutura muscular fortalecida e definida já que o impacto nas articulações é menor. E caso já tenha a musculatura mais fortalecida, você pode compensar o menor impacto no treino de esteira, aumentando a inclinação e velocidade do equipamento para simular, ao máximo, o treino na rua.

Em resumo, pode-se citar as seguintes vantagens e desvantagens, além das descritas anteriormente:

NA ESTEIRA...


- O deslocamento é na vertical, pois o chão se movimenta e o Corredor faz movimentos para cima, como se estivesse saltando. O problema é que, com o tempo, isso pode causar alguma lesão por movimento repetitivo. 

- Você tem controle total sobre a sua corrida. Você determina a velocidade, a distância, a inclinação, tem uma noção do gasto de calorias ao final do treino. 

- Treino de tiro é super importante para alavancar seu desempenho na corrida (já falamos disso em outro post). Treinar tiros na esteira te dá muito mais visibilidade do seu desempenho e, de novo, garante regularidade no parâmetro que você se propõe a cumprir no tiro (tempo ou distância).

- Quando o assunto é a meteorologia, sem dúvidas a esteira sai na frente! Ameniza o calor, a temperatura ambiente faz com que o seu corpo alcance um melhor rendimento e, nos dias de chuva, você pode correr sem problemas.

NA RUA... 

- Neste caso, o deslocamento é para frente e por isso algumas partes do corpo são melhor trabalhadas, como a panturrilha e o quadril, responsável por impulsionar o corpo. A vantagem é que o esforço é maior e, conseqüentemente, o gasto calórico também.

- Se na esteira o monitoramento é completo, na rua, a história não é bem essa. Mas, existem alguns equipamentos que podem te ajudar como, por exemplo, um frequencímetro, que mostra a freqüência dos seus batimentos na velocidade e na distância percorrida.

- Quanto às condições climáticas, o vento pode ser um problema no seu treino principalmente se você for muito leve. O sol também contribui negativamente pois faz com que seu corpo gaste energia mais rapidamente do que o normal.


Agora é com você! Pode escolher correr na rua ou na esteira consciente das perdas e ganhos.

Na minha opinião, mais uma vez, vale uma regra básica: equilíbio! Eu faço treinos diferentes de corrida 4 ou 5 vezes por semana, depende do meu tempo disponível para os treinos. Sendo assim, corro, no mínimo, 2 vezes na esteira e 2 vezes na rua. Se consigo fazer o 5º treino de corrida da semana, ele é sempre na esteira. Minha evolução nos últimos anos vem dessa combinação bem variada de treinos de corrida, aliada a 2 ou 3 sessões de 30 mins de musculação na semana.

O mais importante é que você não deixe de se exercitar!


Fonte: Revista W Run e Site "Sua Dieta"

domingo, 10 de abril de 2011

Unindo Corredores no Facebook

Mais uma iniciativa que gera compromisso! Foi isso que fez a Paulinha, minha querida amiga, ao criar um grupo de Corredores no Facebook para todos nós. O grupo é recém criado e já tem suas manifestações. A idéia é usar também aquele espaço para troca de informações, para combinar treinos e competições, para compartilhar conquistas, enfim, para colocar ainda mais gente nesse vício bom e saudável da corrida!

E estou aproveitando o espaço do blog para convidar todos os meus queridos Seguidores a fazerem parte deste grupo. Procurem no Facebook por "Amigos e amigas que curtem correr!!!"

Mais um compromisso público assumido por nós!

E falando em compromisso público... na minha agenda, da Paulinha e de outros amigos Corredores, está a prova de 10 milhas (ou 16 km) da Mizuno no próximo domingo, dia 17. A quem interessar, ainda há tempo de se inscrever no início dessa semana.

Aos que forem, nos vemos por lá!

domingo, 3 de abril de 2011

Qual é a música? - nº 2

E essa pergunta – “Qual é a Música?” – nos rendeu 102 músicas! Eu avisei que haveria uma recompensa para os que publicassem suas atuais músicas preferidas... e a recompensa é um CD com 102 músicas!

Cada um de vocês vai ganhar um CD repleto de músicas bem variadas para esquentar o seu treino. Permita-se correr com músicas novas, eventualmente diferentes do seu estilo musical. Isso vai fazer seu treino diferente. E treino diferente traz desempenho diferente!

Obrigada a cada um de vocês que dividiu com os demais as suas músicas! Do dance ao rock, do axé ao sertanejo! Valia o que você realmente gosta!

E OBRIGADA especialmente ao Natanael, ou meu grande amigo Nata, por ter feito mais uma vez e como sempre, mais do que eu mesma pedi!

Só peço que fiquem atentos aos “Comentários” desse post a partir de hoje pois caso eu tenha dificuldades de entregar o CD para algum de vocês, vou me comunicar através do campo de “Comentários” (principalmente com os que não tenho o email).

Aproveitem o nosso CD!