Quem sou eu

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Desequilibre-se

Os exercícios de desequilíbrio ajudam a aumentar o controle do movimento nas passadas. Com mais controle, o Corredor gasta menos energia e, assim, ganha desempenho. Além de velocidade, os ganhos são de ritmo e postura.


Desequilibre-se


Uma das principais causas de lesões na corrida é a postura incorreta durante a passada. Alguns correm com a coluna arqueada, outros movimentam os braços da maneira errada ou têm algum tipo de desequilíbrio em um dos lados do corpo, fazendo mais força com uma das pernas.



Tudo isso é comum, mas é importante corrigir esses desvios porque, além de fazerem gastar mais energia do que o necessário, podem ocasionar lesões. Uma boa maneira de diminuir esses problemas são os exercícios funcionais proprioceptivos, que provocam, justamente, o desequilíbrio.


Nas articulações estão localizados os proprioceptores, que são os órgãos sensitivos que recebem as informações do meio e permitem perceber extensão, direção e força do movimento. Quando corremos em um piso irregular, por exemplo, eles enviam a informação para o cérebro que orienta os componentes da articulação a se reajustarem a essa situação, para manter o equilíbrio. 


Quanto mais o Corredor treinar a propriocepção, mais rápido este mecanismo se torna, melhorando assim o desempenho. Com os exercícios desestabilizadores o gesto desportivo pode ser desmembrado e as imperfeições de cada movimento podem ser corrigidas especificamente.


Os treinos funcionais desestabilizadores são excelentes para melhorar o equilíbrio e o gesto da corrida, o que pode prevenir torção, queda ou tropeços em terrenos irregulares. Todo o corpo se beneficia desse trabalho proprioceptivo. Além de melhorarem a consciência corporal e a coordenação, os exercícios fortalecem muitos grupos musculares, aprimorando também a velocidade e resistência na corrida.


O tempo de percepção da evolução é mais rápido que na musculação convencional. Em média, fazendo 3 treinos por semana, observa-se uma mudança considerável em 1 mês.Fonte: Revista WRun - dez/jan 2011

domingo, 22 de maio de 2011

Depois de Athenas... café da manhã VIP!

Não, a ordem no título deste post não está invertida! O café da manhã VIP de hoje foi no fim da prova!

Nós, fiéis Corredoras de Vênus, Mizuno 10 Miles, etc, fizemos tanto auê nos stands da ExpoTransamérica hoje pela manhã, que até cortesia para café da manhã ganhamos.
Fomos de shorts, tops, tênis, número de peito e Ipods para o Hotel Transamérica e, comedidas, tomamos o 2º café do dia, dessa vez, VIP!
Nos misturamos aos refinados hóspedes daquele hotel com a naturalidade de quem havia recentemente se hospedado ali. As fotos mostram a intimidade com o ambiente! Quase interrompemos o jogo de tênis dos concentrados senhores que ali jogavam, para pedir mais uma foto... talvez a 57º do dia! Nos contivemos e pedimos uma mocinha magricela que por ali passava. Ela era "apenas" a 2ª colocada nos 5km, em seus longos e "péssimos" 20 mins conforme ela mesma disse, também convidada para o café VIP. E com seu troféu na mão, muito gentilmente tirou foto de nós e conosco!

A corrida em si foi demais! Athenas é um caso à parte: motiva, instiga, provoca. Provoca tanto que todas nós saímos de lá hoje com a inscrição feita para a 2ª Etapa, as 5 e 10 milhas, em 17 de Julho.

E agora o que nos resta? Treinar muito para a próxima etapa e curtir todas as fotos que registram essa manhã tão bacana que nós - eu, Andréa, Cíntia, Glau e Paulinha - passamos juntas! Até no site oficial da prova fomos parar!

Antes da prova... friozinho!

Depois da prova... Mulheres de Athenas!




Olha a 2ª colocada, Wal, e seu troféu, consequência de seus "péssimos" 20 mins!

Poses, caras e bocas nos stands 
VIPs no café da manhã VIP e depois na piscina

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma História Singular

Há algum tempo eu queria publicar aqui, boas histórias de esportistas, amadores ou profissionais. Li sobre alguns Corredores, Triatletas, Pilotos, etc, mas me faltava “aquela história”. Faltava uma que me tocasse para começar essa série de posts.

Mas aí aconteceu! “Aquela história” caiu em minhas mãos. Com a devida permissão do protagonista, Marcelo (Lelo) Apovian, eu divido com vocês essa linda história. A narrativa segue na primeira pessoa, pois o que transcrevo aqui é uma matéria escrita pelo Lelo para a Revista Runners de novembro 2009. Eu lhe garanto que você vai se surpreender com esse depoimento! 

“Antes de escrever sobre minha amadora carreira de Corredor e Triatleta, preciso contar minha história como esquiador. Comecei a esquiar aos 9 anos com minha família, na Itália. Resumindo, fui 3 vezes campeão brasileiro de esqui, vice-campeão brasileiro de snowboard, participei de 4 Mundiais e 2 Olimpíadas de Inverno.

Em 1993 sofri meu primeiro acidente. No Mundial de Esqui do Japão tive uma queda em um dos saltos em que a velocidade era de 130km/h. Rompi o ligamento cruzado anterior e o menisco do joelho esquerdo. Fui operado no Brasil no dia 1º Abril e em 1º Agosto estava competindo na Argentina. Cada vez mais as corridas faziam parte da minha vida para me preparar para as temporadas de esqui. Quando as provas ainda eram poucas e quase não havia corredores, fiz alguns 6km para 21min. No início de 1997, fui buscar ajuda de uma das poucas assessorias esportivas da época, a MPR.

Em Nagano (Japão) tive a melhor colocação, até então, de um brasileiro na história dos Jogos Olímpicos de Inverno, 37ª colocado. Mas foi no dia 10 setembro 1999 que minha visão da vida mudou radicalmente. Estava há 5 dias em Las Leñas, Argentina. Eram 11h quando, sem perceber, saltei em um grande buraco que o acúmulo de neve criou. Estava perigoso. Subi a montanha mais uma vez, a neve estava espetacular. Comecei a descida, estava em outro universo – o vento, a liberdade, o sol, estava livre. É essa a sensação de quem esquia. Mas a montanha, como o mar, também prepara armadilhas. Errei ao calcular que o buraco perigoso que tinha saltado pouco antes não era o fim da descida. Quando percebi, estava voando.

Caí. Primeiro ouvi um barulho enorme, parecia uma árvore sendo partida. Tive medo de quebrar o pescoço, rolei, não parava de cair, tive muito medo. Ao parar, quis levantar rápido para ver se tudo estava no lugar mas não conseguia ficar de pé. Quando olhei para minhas pernas, vi que o pé esquerdo estava virado 180 graus para trás, sem ligação com o corpo. Para piorar, instantaneamente, me lembrei do Lars Grael quando sofreu o acidente que o fez amputar a perna: ele disse não ter sentido dor. Eu também não sentia nenhuma!

Os amigos chegaram rápido. Ficaram desesperados quando olharam minha perna. Comecei a buscar soluções. Pedi para chamarem a maca, queria um remédio para dor. Sabia que em breve ela viria. O resgate chegou em minutos. Senti e ouvi os ossos baterem entre si. Já no hospital, o médico falou em amputação. Não acreditei. Queria voltar logo para ser operado em São Paulo.

Difícil descrever os primeiros 30 dias. A dor, o sofrimento, a falta de liberdade... Tive o que os médicos chamam de esmagamento ósseo na tíbia e fratura dupla na fíbula. Fiz minha 1ª cirurgia no dia 15 setembro para colocar uma haste intramedular. Um mês sem levantar, dois de muleta e mais dois com andador e bengala. Lembro quando o médico da família me visitou no hospital. Perguntei quando poderia voltar a esquiar, a resposta foi dura: eu deveria torcer para voltar a andar normalmente. Tinha perdido do joelho para baixo 3 centímetros de perna, além de outros 3 por uma deformidade lateral, pelo tipo de fratura. De um lado tinha 1,76m de altura, do outro, 1,70m.

O tempo foi passando e a perna não ficava boa. Para “estimular” o osso, deveria fazer ginástica e caminhar. Ia para a USP de gesso e bike e fazia fisioterapia. Em 6 meses eu deveria ter tido alta. Já tinha passado 1 ano e o osso não colava. Estava manco, tinha muita dor. 1,5 ano depois o médico me disse que eu deveria me acostumar, talvez fosse assim para sempre.

Eu podia ler no rosto de cada pessoa a descrença em minha recuperação. Meu técnico e amigo Marcos Paulo Reis sugeriu que eu consultasse o médico dele. Fui, não podia ficar daquela maneira, eu era muito ativo para não poder mais fazer esporte, nem mesmo caminhar direito. O Dr. Marcelo diagnosticou que, além do encurtamento de 6cm na perna, eu tinha uma falha óssea que poderia gerar uma nova fratura. E o mais grave: tinha o que a Medicina chama de pseudoartrose, a não consolidação do osso. O médico em quem confiei durante 2 anos tinha errado e me deixado aleijado. Eu teria que fazer mais uma cirurgia e começar tudo de novo.

O tratamento indicado era a “gaiola” ou Ilizarov. Uma invenção de um médico russo que operava anões e fazia com que crescessem até 40cm. Teria também que fazer enxerto de osso, tirar da bacia para colocar na perna. O objetivo era também alongar os 6cm perdidos. Fiz a cirurgia dias antes do Natal de 2001. Estava feliz, dessa vez estava certo de que ia ficar curado.

Os dias foram passando. Pela primeira vez comecei a reclamar da vida, da injustiça que Deus estava cometendo comigo. Pior que a dor física (que era enorme), era a dor emocional. Doze dias depois da cirurgia, comecei a passar mal, com febre, dor no corpo. Do início da febre até o médico me atender no hospital, se passaram 7 horas. Tempo suficiente para meu corpo fosse consumido por uma brutal infecção hospitalar. Dois dias depois, fui operado novamente para retirar 2 pinos que eram o foco do problema. Quarta cirurgia. Dessa vez fiquei acordado e pude ver o que é uma cirurgia ortopédica. Não queiram saber.

A partir daí nunca mais reclamei de nada. Tudo que é ruim sempre pode piorar. E o pior ainda estava por vir. O tratamento para alongar o osso é parecido com uma tortura. O osso teria de crescer e rápido, recuperar os 6cm em 30 dias. Tinha hastes atravessando a pele e o osso. A cada 4 horas, com uma espécie de chave de roda, eu devia girar um parafuso. Assim o osso ia alongando e, antes de consolidar, eu girava mais até chegar ao tamanho do osso da outra perna. A dor só não era constante, pois na hora de apertar o parafuso ela ficava mais aguda.

Permaneci quase 1 mês sem dormir. Tentei de tudo, remédios, calmantes, mas não dormia mais que 2 horas. A única coisa que me relaxava era uma massagem no pé da perna quebrada. Minha mãe e namorada dormiam no pé da minha cama, fazendo massagem no meu pé.

Mais uma etapa do tratamento estava cumprida, as deformidades da perna faziam parte do passado e restava esperar a consolidação do osso, que ocorreria em 4 ou 5 meses.

Mas sem uma explicação técnica, após 9 meses usando a “gaiola”, novamente ocorreu a não consolidação (pseudoartrose). O osso cresceu, mas na hora de colar, o ciclo foi interrompido. Eu não sabia o que decidir. Meu médico tinha indicado outra cirurgia para proceder a um novo enxerto de osso. Ninguém sabia o que fazer. Tínhamos uma alternativa, ir aos Estados Unidos ouvir outras opiniões. Por sorte, nosso ortopedista tinha um congresso em San Diego e para lá embarcamos.

No último dia do evento, virei atração. Chamaram-me no palco e médicos de vários países puderam me avaliar. A medicina ortopédica é desenvolvida em países que sofreram ou sofrem com guerra. Por isso, estar com médicos da Rússia, Alemanha, Japão e Estados Unidos era precioso para termos uma idéia de como agir. Entretanto, depois de mais de 1h com os melhores ortopedistas do mundo, cada um indicou um tratamento diferente. Assim, saímos da Califórnia mais confusos que quando chegamos.

Na volta fomos almoçar com o médico da família, que ficou no Brasil e estava preocupado com as notícias. Explicamos o que ocorreu no congresso e foi quase na sobremesa que ele começou a falar. Sua idéia para resolver o problema era a mais louca de todas. O Dr Antranik Manissadjian queria usar um remédio que é aplicado em casos de câncer ósseo. Sua função é estimular o crescimento das células que não foram atingidas pela doença. Deveria ser feito no setor de Oncologia do hospital, a cada 15 dias. Tinha estado com os melhores ortopedistas do mundo e ninguém tinha sugerido essa solução. Como acreditar num pediatra? Nunca mais vou esquecer a frase dele: “Nunca ninguém utilizou esse tratamento, mas vai funcionar, eu garanto. Não é um experimento, só preciso de 3 meses, me dê esse tempo”.

Fiz uma conta simples. Se seguisse com o ortopedista, seriam no mínimo mais 6. Com o pediatra, no máximo 3 e com a vantagem de não ter que fazer a quinta cirurgia. O sucesso não era garantido em nenhuma das opções. Talvez eu tivesse que ficar com a perna “ruim” o resto da vida. Mas tinha certeza de que iria ficar bem. Minha cabeça foi uma grande aliada.

Segui o tratamento do Dr Antranik, com as aplicações do remédio de um câncer que nunca tive. Em junho de 2003, dei entrada no hospital para finalmente retirar a “gaiola”. Meu tratamento tinha chegado ao fim. Foi um dia especial. Uma emoção para toda a família. Cheguei em casa andando, sem nada na perna. Estava curado e sem nenhuma deformidade.

No mesmo ano, em setembro, fui esquiar novamente. Fazia 4 anos que não via a neve e não tinha a sensação de liberdade, do vento na cara, do frio na barriga e das pontas dos dedos congeladas. Quase não dormi de ansiedade. Acordei cedo, estava um lindo dia. Quando comecei a descer, estava inseguro, sem noção das minhas reações, mas após 2 ou 3 curvas tudo voltou ao normal. Lembrei-me de todos os movimentos, é impressionante como a cabeça memoriza as coisas boas e apaga as ruins. Esquiei uma semana inteira, sem dor e com todas as boas sensações novamente.

Foram 3 anos e 9 meses de tratamento, 5 cirurgias, mais de 30 pinos e muita dor. Ainda em 2003 fiz meu primeiro meio Ironman em Pirassununga: 4h56min, quase morri. Em 2004, fiz minha primeira maratona em Berlim, 2h46m. Em 2005, corri minha primeira prova de 10km em 35 mins. Ganhei algumas provas de duatlo. Todos os anos vou esquiar, pelo menos 1 semana. Em 2009 corri a maratona de Berlim em 2h37min e bati o tempo do meu amigo Portuga (Amílcar Lopes Jr.), companheiro de treino na MPR. Tudo isso foi conseguido em equipe. Tenho que agradecer ao meu pai, que sempre esteve próximo e teve condições de pagar um tratamento tão longo e com tantas variáveis. À minha mãe pelas massagens, à então namorada pela paciência, a todos os médicos que me curaram e a Deus. A vida é uma só e não vou deixar de fazer as coisas que amo. Aproveite você também.


Essa singular história que hoje Marcelo Apovian, Publicitário e Empresário, compartilha em suas disputadas palestras para empresas, soma-se a outras belíssimas histórias de outros 4 amigos Corredores e se transforma em um livro que acabei de ler e que me foi indicado pelo próprio Lelo – Operação Portuga: 5 homens e um Recorde a ser Batido – Sérgio Xavier Filho, Arquipélago Editorial


É fantástico! Se vocês tiverem que optar por ler apenas um livro esse ano, recomendo fortemente que seja esse. Ele reúne histórias que emocionam, de amizade e camaradagem, de chegar ao próprio limite por eles mesmos e pelos amigos, de superação e muita determinação. De Amadores, esses “meninos” só têm o fato de não terem o esporte como fonte de renda, pois suas conquistas e histórias são absolutamente profissionais.

Em outro post, vou publicar vários links do blog da Runners nos últimos anos que contam a história desse desafio, o “Desafio ao Portuga”, a brincadeira que virou coisa séria, rendeu o livro e várias demonstrações de amor ao esporte e à vida.

Agora que vocês já conhecem a história do Lelo, conheçam também o Lelo nestes 2 vídeos que detalham alguns dos seus feitos. 

Um deles, o making off da campanha de lançamento do Asics Speedstar5, eu já tinha publicado no blog em fevereiro.
No outro, ele detalha trecho a trecho a meia-maratona da Asics em SP que acontecerá dia 7 Agosto. Prova na qual como sempre, ele deve estar se preparando para bater seu próprio recorde!






LELO, já que você disse que passaria aqui no blog para ler como sua linda história foi transcrita, aproveito para, publicamente, confessar 2 coisas:

- sua história me fez lembrar até onde gente forte, física e emocionalmente, pode chegar nessa vida
- não tenho a menor dúvida de que sua vida tem vários propósitos. Mas se ela tivesse apenas um, seria servir de exemplo para os outros. Somos, em geral, carentes de bons exemplos. Você, definitivamente, é um deles.

Parabéns prá você é pouco! Prefiro te dizer que admiro absurdamente sua força, seu talento e sua obsessão pela vida.

domingo, 15 de maio de 2011

3º Treino Coletivo aconteceu!

Hoje largamos às 8:05h para mais um treino coletivo no Taquaral! A temperatura e o sol que ia e voltava, ajudaram bastante pois o calor não foi uma variável que jogou contra. Estava ameno, agradável!

Melhor ainda eram as companhias! Teve Corredora nova na equipe, a Cris. E teve gente que dormiu mais que a cama e não apareceu! Tudo bem, faremos outros treinos. O importante é manter o treino, o foco, a vontade de evoluir nas distâncias e/ou tempo e as boas risadas que damos juntos antes, durante e pós corrida.

Semana que vem é Athenas, etapa 1, 5 e 10km. Que todos tenham uma excelente semana de treinos. Cuidem da alimentação, cuidem para não exagerar na dose da corrida e da musculação. Cuidem de vocês!

Registro do treino de hoje. 
Cris, Dani, Glau e Paulinha, foi muito bom!

sábado, 14 de maio de 2011

Os primeiros 21km!

Eu me reconheci nessa reportagem da WRun quando li nela alguns dos critérios que pautaram minha decisão de treinar para minha primeira meia-maratona em 2010. Já corria há alguns anos e nunca tinha pensado em chegar lá, nos 21km. Mas chegou o momento em que eu me perguntei: "E agora? Quero mais!".


E essa pergunta você pode se fazer seja qual for o seu estágio de treinamento: se você caminha forte, pode querer mais partindo para um treinamento de 5km de corrida. Se os 5km estão confortáveis, evolua para 10km. E por aí vai.


A seguir, uma reflexão de quando é hora de partir para o treino dos seus primeiros 21km! Inesquecíveis, diga-se de passagem!


Se você já corre com certa facilidade os 10km e sente necessidade de incrementar seus treinos em busca de novos resultados, aumentar a distância pode ser um ótimo estímulo. As provas de 10km se tornam, muitas vezes, impulsos para o passo seguinte: a meia-maratona.

Quando se treina há pelo menos 1 ano, nota-se um certo conforto para correr os 10k, observa-se que a velocidade aumenta gradativamente enquanto a resistência evolui bem e que sente-se pouca ou nenhuma fadiga muscular, é hora de considerar marcar data para os primeiros 21km!

Entre as principais mudanças no treinamento, o futuro meio-maratonista perceberá que é essencial aprender a controlar a velocidade para conseguir sustentar o exercício por trajetos mais longos. No geral, no 1º e 2º meses de treinamento, as rodagens ficam em torno de 10 a 12km. Após esse período de adaptação, a quilometragem deve aumentar, mas sem a necessidade de alcançar os 21km. Chega-se no máximo, a treinos de 16 a 18km. Pode-se também escolher uma ou duas provas de 10km para substituir alguns treinos longos. Dessa forma, ganha-se como benefício a explosão que as competições mais curtas proporcionam.

É imprescindível que a preparação aconteça gradualmente pois o objetivo representa um pouco mais que o dobro da distância percorrida até então. O melhor é que o atleta aumente a carga e o tempo dedicado aos exercícios, mas mantenha os treinos baseados nas mesmas estruturas a que já estava habituado. Ou seja, se costumava correr na esteira, fazer musculação e não praticava nenhum outro exercício, o ideal é que pelo menos no início do programa, a mesma rotina seja preservada apenas adequando à nova proposta.

Nesse tipo de treinamento, o aumento da massa magra é bastante significativo e o sistema cardiorespiratório também passa por um considerável progresso. O organismo cria uma maior resistência ao lactato e há um aumento do volume de sangue, o que facilitará o maior aporte de sangue ao corpo e, por sua vez, fornecerá mais oxigênio, hormônio e nutrientes aos músculos.

A meia-maratona é possível a todos, mas é importante evoluir de acordo com suas condições físicas. "Como é uma prova com distância bastante representativa, os Corredores precisam conciliar os treinos com sua rotina de trabalho, assim como terá de abrir mão de uma vida agitada e deverá se preocupar mais com a alimentação. O cansaço em excesso e uma má alimentação favorecerão o surgimento de lesões", diz Maurício Fillardi, professor de Educação Física e sócio-diretor de uma assessoria esportiva.

Antes de começar o treino, é importante fazer pequenas refeições que contenham carboidratos simples, como uma banana madura, torradas, biscoitos sem recheio, etc. Deve-se também consumir diariamente alimentos ricos em substância antioxidantes, como tomate, cenoura, acerola e nozes, a fim de minimizar a ação dos radicais livres, que são produzidos pelo exercício físico e pela exposição ao sol e causam o envelhecimento precoce das células.

Se o Corredor tem um plano nutricional adequado, a suplementação com maltodextrina (repositor de carboidrato) durante o treino só é indicado para atividades intensas, com mais de 1h de duração. Ao optar por usar o suplemento durante o treino, dilua 40g em 500ml de água.

Os BCAA´s (repositores de aminoácido) também podem ser utilizados, pois retardam o cansaço e evitam perda de massa magra. Por fim, os géis de carboidratos têm de ser administrados durante os treinos e provas, de acordo com a fadiga do atleta. Um sachê de gel deve ser ingerido após os 30 minutos iniciais de treino ou prova.

Com tudo isso, o resultado virá! Maior resistência, queima de gorduras acentuada e a conquista da primeira meia-maratona!

Fonte: Revista WRun - janeiro 2011

sábado, 7 de maio de 2011

3º Treino Coletivo

Como alguns de vocês já devem ter lido no campo de Comentários de últimos posts, domingo, dia 15 Maio, faremos mais um treino coletivo! Está virando rotina treinarmos juntos de tempos em tempos porque tem sido muito bom.

Para os que farão a 1ª Etapa (5 e 10km) do Circuito Athenas em SP - dia 22 Maio - será mais um treino preparatório para a deliciosa prova da semana seguinte! Para os que farão outras provas ou querem apenas treinar com um grupo divertido, o convite está aí!

Acho que daqui a pouco, os mais assíduos nestes coletivos já merecem um presente pela presença, por trocarem algumas horas de sono para treinar com amigos, por chegarem no Taquaral com um astral que chama a atenção dos demais e por irem embora ainda mais inflados do que quando chegaram! O presente ficará por minha conta!

E agora que estamos embalados no ritmo dos coletivos, é hora de estabelecermos algumas metas. Que tal reduzir o tempo que levamos para correr a volta externa de 6,4 km? E que tal, posteriormente, partirmos para 1,5 volta correndo para, em alguns meses, corrermos 2 voltas totalizando 12,8 km?

A quilometragem de 12,8km estará muito alinhada com a que vários de vocês farão nas 3 etapas do Circuito Athenas esse ano, ou seja, 5 / 8 / 10 km, nos próximos 6 meses.

Falaremos mais disso no dia 15 quando nos encontrarmos no Largo do Café, em frente à banca de revistas, às 7.45h para 15 mins de alongamento e largada pontualmente às 8h.

E preparem-se, Corredores de Campinas e região: amigos de SP sugeriram um treino coletivo lá! A idéia é fazer um em junho ou julho no Ibirapuera ou na USP.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Descanso é Treino!

Recuperação pós-treinos e competições é fundamental para melhorar o desempenho na corrida

Tão importante quanto a alimentação e os treinamentos, o descanso deve fazer parte da vida de qualquer Corredor, seja ele amador ou profissional. Mesmo que a empolgação após uma boa prova ou um treinamento produtivo seja grande, é essencial que o atleta dedique tempo entre suas atividades para a regeneração.

O descanso é um dos grandes segredos da melhora dos resultados nos treinamentos e provas e tem que fazer parte da rotina. O efeito aparece após o estímulo, quando o corredor dedica um tempo de sua semana para o repouso total ou regenerativo. 


O desequilíbrio entre treinamento e descanso pode levar ao overtraining, isto é, a um estado de esgotamento da capacidade orgânica. Sinais como desânimo, falta de apetite, queda no rendimento em treinos e competições, insônia ou desejo exagerado em descansar, alterações na freqüência cardíaca de repouso e treinamento, podem ser indícios de que algo está errado. O excesso de treinamento, se detectado a tempo, pode ser corrigido em uma semana. Porém, se negligenciado, pode levar meses para uma completa recuperação.

Ganhos fisiológicos

A importância do descanso não está só em “poupar” os músculos. Com ele, o atleta ganha em força e velocidade.
O exercício físico é, em geral, uma agressão ao corpo. Com ele o atleta sofre microlesões e acumula ácido láctico. O repouso permite que o corpo seja realinhado e, assim, há uma supercompensação, fazendo com que o atleta fique ainda mais forte.

É no momento pós-desgaste que o atleta ganha fisicamente. É nesse período que há evolução, porque do contrário o atleta acumula desgaste e pode sofrer com lesões.

Como fazer o descanso?

Quando falamos em descanso a primeira coisa em que se pensa é fazer nenhum tipo de esforço físico. Porém, para os especialistas, o repouso ativo pode ser, em alguns casos, até mais produtivo do que a pausa total.

O repouso ativo pode ser feito diminuindo-se a intensidade do treinamento, dando um trote mais leve, variando a modalidade de atividade física (ciclismo ou natação para Corredores, por exemplo). 

Massagem e alongamento são bem produtivos também para o Corredor. 

Recomenda-se que o descanso seja feito a cada 2 dias de treino. Idealmente, após um dia de treino muito puxado, deve-se optar pela diminuição do ritmo para que o corpo volte a normalidade fisiológica ou por um dia de repouso total.

O tempo ideal de descanso depende de cada um pois está associado a sexo, idade, ritmo de vida, qualidade do sono, nível de condicionamento, seus objetivos, etc. Mas recomenda-se que o intervalo de descanso não ultrapasse 2 dias ou, eventualmente, 3 dias. Isso porque quando se treina, os recursos energéticos são reduzidos e, durante o período de recuperação, ocorre a restauração dos estoques de glicogênio nos músculos em um nível superior àquele em que o corredor iniciou o treinamento. Assim, descansar em excesso significa perder o melhor momento para aplicar um novo estímulo, ou seja, treinar novamente. 

Para que o corredor aproveite o fator treino x recuperação de modo eficaz, ele deve treinar no momento oportuno, ou seja, quando a compensação dos recursos energéticos estiver em seu ponto mais elevado. Caso contrário desperdiçará o nível ampliado de suas reservas energéticas, retornando ao ponto inicial do treino anterior.

A melhor recomendação é que o Corredor aprenda a "ouvir" o seu corpo entre as sessões de treinos e "obedeça" os pedidos que nosso corpo faz! Somente assim a combinação ideal entre treinamento e descanso será encontrada e o Corredor será beneficiado por uma preparação adequada para a obtenção de resultados cada vez melhores.

Fontes: Site O2 por Minuto e Blogs de Corrida

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Aqui se faz, aqui se ganha

Li hoje esta crônica do Antônio Prata, escritor e blogueiro que confessa já ter sido sedentário e barrigudo mas que encontrou na corrida a saída para ficar em forma, e logo quis dividir com vocês.

A crônica publicada na Runners, nos presenteia com a conclusão óbvia de que a recompensa na corrida vem quando o esforço vem primeiro. Diferentemente de outros campos na nossa vida em que o esforço não obrigatoriamente representa resultado, na corrida isso é uma regra: suou? treinou? se dedicou? abriu mão de algumas coisas? Então vai ganhar outras coisas ainda melhores!

Segue a crônica de Antônio Prata que vai contar isso de forma mais poética.


Na Corrida não tem pistolão: treinou direito, você é promovido!

Na minha carreira de cronista, aprendi que o leitor que escreve a uma revista quer:
(a) reclamar de algo que leu
(b) elogiar e pedir mais de tal assunto

É, essencialmente, alguém que demanda. Já o leitor da Runners está interessado, antes de mais nada, em compartilhar suas experiências. Ele quer contar como começou a correr, como perdeu tantos quilos em tanto tempo, o que sentiu ao cruzar a linha de chegada da primeira prova (seja de 5km ou uma maratona). É, como todas as pessoas contentes, alguém que oferece. Esse contentamento não nasce da alegria com o que leu, mas da corrida em si.

O que nos leva à questão: por que será que a corrida deixa as pessoas tão felizes? É porque elas perdem peso? Porque ficam mais fortes, respiram melhor, têm mais ânimo? Tudo isso, claro, mas acho que há uma outra razão, que engloba as anteriores: num mundo injusto, em que muitas vezes leva o melhor o mais rico, o mais forte, o mais esperto ou o mais sortudo, a corrida é uma das poucas atividades em que a meritocracia não falha.

Você conhece alguém que estava se matando de estudar para o Enem, mas viu todo o esforço ir por água abaixo porque uns manés roubaram a prova? Conhece alguém que trabalha muito bem, merecia um aumento, aí viu um cretino ser promovido em seu lugar? Conhece alguém que ao dirigir, deu seta, foi entrar na pista da esquerda mas quase bateu o carro porque um imbecil do lado de lá acelerou só para não deixá-lo passar? Pois é.

Já na corrida não há injustiça. Você recebe sua cota de acordo com seu esforço, nem mais, nem menos. Se correr 5 vezes por semana, vai perder peso. Se seguir uma planilha para evoluir de 10km para uma meia-maratona, vai conseguir. E, se não se alimentar ou hidratar direito, terá problemas. Não tem segredo nem pistolão: o filho do dono do Pão de Açúcar vai ter que suar igualzinho ao caixa da quitanda, se quiser melhorar. Não tem sacanagem do governo ou do banco: suas hemoglobinas nunca serão confiscadas, sua respiração não será taxada pelo aumento do consumo de oxigênio, suas panturrilhas não serão lacradas por falta de alvará.

As cartas e emails que recebo de Corredores não falam, portanto, do prazer do esporte. Falam sobre querer muito de uma coisa, esforçar-se bastante para consegui-la e no fim... consegui-la! Convenhamos, num mundo em que nossos desejos estão constantemente sendo frustrados por Sarneys, terroristas ou meras nuvens pretas fechando o céu de domingo, não é pouca coisa.

Fonte: Revista Runners