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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Ácido útil


O ácido lático ou láctico (do latim: lactis = leite) é um composto orgânico de função mista ácido-álcool que participa de vários processos bioquímicos orgânicos. No organismo humano, o ácido lático resulta da metabolização celular da glicose1, com fins energéticos. Por isso, habitualmente fala-se dele quando se fala da prática de exercícios físicos.

O ácido láctico pode ser obtido a partir do açúcar do leite (lactose), do amido, do açúcar da cana (sacarose) e é naturalmente encontrado no suco de carne, leite azedo, nos músculos e em alguns órgãos de algumas plantas ou animais.

Ele é um combustível útil do músculo e não um catabólito, como se pensava. É também umectante e hidratante da pele e por isso é muito utilizado na indústria de cosméticos. Além de hidratar, também atua como rejuvenescedor e clareador da pele.

O melhor remédio para combater o excesso de ácido lático que provoca dores musculares é mais exercício, só que em doses menores, segundo o médico especialista em esportes Luiz Eduardo Martins Castro, da Escola Paulista de Medicina. Quando uma pessoa realiza esforço físico, seu organismo “queima” glicose, que está armazenada no corpo, principalmente com o oxigênio proveniente da respiração. Essa reação produz energia. Se o exercício estiver além do que o atleta está condicionado a fazer, a queima da glicose através do oxigênio não será suficiente e o organismo queimará a glicose sozinha. Essa reação solitária produz o ácido lático, que é um dos causadores das dores musculares.

O melhor procedimento para evitar sua formação é, depois de fazer um exercício, realizar por alguns minutos outro exercício (correr, pedalar, nadar) em menor intensidade. Esse procedimento ajuda a desintoxicar a musculatura porque uma parte do ácido lático, que também pode servir como fonte de energia, passa a ser queimada.

Outro procedimento é massagear o local dolorido, aumentando a irrigação sanguínea da região e facilitando a eliminação do ácido. “Mas não se sabe realmente se o ácido lático é o único responsável pelas dores que surgem após os exercícios. Elas podem também ser causadas por microlesões no músculo”, lembra Castro.

Fontes:
http://www.abc.med.br/p/vida-saudavel/1266213/acido+latico+e+exercicios+fisicos+efeitos+no+organismo.htm

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Dois dígitos de meia


Há 2 anos eu não corria uma meia maratona e há 4 anos não fazia uma meia decente. Até domingo, São Paulo, 4/6/17.
Foi ali que corri pela 10ª vez essa distância. Senti coisas novas e coisas velhas na prova e na preparação para ela. Deixei para trás, por exemplo, a Síndrome de Gisele. Há muitos anos, quando ainda desfilava, li uma entrevista de Gisele Bündchen na qual ela dizia que não saía de casa por menos de alguns X mil dólares. Nas minhas anteriores preparações para meias, eu vivia a Síndrome de Gisele: não saía para treinar se não tivesse tempo para, no mínimo, 10 km. Nesta preparação, fiz treino de 5 km. Fiz de 7 e de 8 km. Era o que tinha para aqueles dias.
Mais experiência nova: meu “muro” nas meias sempre permeou o km12-13. Era aí que eu me enchia das meias. Não era cansaço físico, mas o cansaço emocional da distância. No km12 falta praticamente uma prova de 10 km. Eu corria enfadada até o km18. A partir daí, numa meia, você tropeça e já está no pórtico de chegada. Dessa vez o muro não veio aos 12, nem aos 13, muito menos no km14. Comecei a querer chegar já era km18. E aí já era mesmo! Foi só não tropeçar e chegar.
De velhas, as boas, incríveis e pessoais sensações de correr a que é, na minha opinião, a distância dos deuses da corrida: desafiadora, mas saudável. Ousada sem ser agressiva. Terapêutica. Ali senti que a experiência e o lastro esportivo contam quase tanto quanto o treino. Não foi a minha melhor meia em pace, mas os meus mais maduros 21 km.
Gisele não desfila mais. Eu ainda corro meias.