Ao “atacar” o solo com o calcanhar (como na primeira
ilustração), o atleta perde mais tempo para dar a passada. É por isso que
você nunca vai ver um velocista de 100 m ou 200 m correndo assim. Nessa pisada,
há um alto impacto na parte de trás do pé. Essa energia é transferida para
as articulações acima, como tornozelo e joelho, que recebem grande sobrecarga.
Portanto, se você corre desse jeito, é importante optar por um tênis com bom
amortecimento.
Já a pisada com a parte da frente do pé, ou minimalista, é mais
rápida. Porém, principalmente em corridas longas, pode trazer sérios problemas
para quem não está acostumado com ela. O atleta que não está habituado a
utilizar a pisada e passa a correr assim sem um período de adaptação pode
sofrer fratura por estresse do metatarso ou tendinite dos tibiais.
Uma das lições mais importantes para corredores amadores é: pise
do modo que você se sente mais confortável. Para quem está começando a correr,
é comum aterrissar com o calcanhar. Conforme a pessoa evolui no esporte e ganha
velocidade, há uma tendência de a pisada se aproximar da minimalista – isso é algo
natural, por questões biomecânicas.
Bom senso é o segredo para correr sem se machucar. Se você
sempre mantiver uma pisada muito conservadora ou minimalista, o risco de lesão
aumenta. Portanto, tente encontrar um meio termo e até variar a maneira como
toca o solo conforme o tipo de treino. Mais com a parte da frente do pé em
atividades de velocidade e com o calcanhar em corridas leves, por exemplo.
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