Há 2 anos eu não corria uma meia maratona e há 4 anos
não fazia uma meia decente. Até domingo, São Paulo, 4/6/17.
Foi ali que corri pela 10ª vez essa distância. Senti
coisas novas e coisas velhas na prova e na preparação para ela. Deixei para
trás, por exemplo, a Síndrome de Gisele. Há muitos anos, quando ainda desfilava,
li uma entrevista de Gisele Bündchen na qual ela dizia que não saía de casa por menos de alguns X mil dólares. Nas minhas anteriores preparações para meias,
eu vivia a Síndrome de Gisele: não saía para treinar se não tivesse tempo para,
no mínimo, 10 km. Nesta preparação, fiz treino de 5 km. Fiz de 7 e de 8 km. Era
o que tinha para aqueles dias.
Mais experiência nova: meu “muro” nas meias sempre
permeou o km12-13. Era aí que eu me enchia das meias. Não era cansaço físico, mas
o cansaço emocional da distância. No km12 falta praticamente uma prova de 10
km. Eu corria enfadada até o km18. A partir daí, numa meia, você tropeça e já
está no pórtico de chegada. Dessa vez o muro não veio aos 12, nem aos 13, muito
menos no km14. Comecei a querer chegar já era km18. E aí já era mesmo! Foi só não
tropeçar e chegar.
De velhas, as boas, incríveis e pessoais sensações de
correr a que é, na minha opinião, a distância dos deuses da corrida: desafiadora,
mas saudável. Ousada sem ser agressiva. Terapêutica. Ali senti que a
experiência e o lastro esportivo contam quase tanto quanto o treino. Não foi a minha
melhor meia em pace, mas os meus mais maduros 21 km.
Gisele não desfila mais. Eu ainda corro meias.
4 comentários:
que legal Rivis...bom te ver nas pixxxtas!!!! Sabe que eu me encontrei nas meias maratonas, de pouco em pouco estou progredindo! bjo Glaucia Vilas Bôas
Rivania, primeiro obrigado pela ajuda, foi minha primeira prova de preparação com planilha :), e especialmente elaborada por vc! What a help!!! Fiquei quase paranoico rsss, se lembra? Mas me deu toda disciplina de que precisava para entender meus limites, quebrar paradigmas, ir além. Foi incrível poder fechar 11min abaixo daquela meta inicial estabelecida lá em Fev/17. Não teria conseguido sem suas orientações. Legal também ler seu texto e entender como tem evoluído emocionalmente, esticando o cansaço dos 13 para os 18, e ainda chegar inteira!!! Sem tropeções!!! Parabéns pela permanente motivação. abs, Sandro
Siga em frente, Rivis!
Quanto aos treinos, é como você escreveu no começo do ano, melhor fazer pouco do que nada :-)
Pelo visto o seu condicionamento está bom. Não sentir a meia até quase o final é um sinal disso. E a prova, foi boa?
Obrigada Glau, Sandro e Thiago!
As palavras de voce sao puro reconhecimento e incentivo pra mim!
Prova foi boa sim, Thiago. Correr sem a neura da performance tem o seu charme tambem.
Beijos pra todos vcs.
Rivis
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