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sábado, 5 de março de 2016

Moderado e sempre


A cada década o corpo perde 10% da capacidade de produzir energia, medida pelo VO2 máximo, tanto em sedentários como em atletas de alto rendimento

Todos nós sabemos que a prática de exercícios físicos quando incorporada como hábito de vida proporciona inúmeros benefícios para a saúde, além de qualidade de vida. Um dos benefícios que se procura comprovar para o praticante regular de atividades físicas é o poder de desacelerar o envelhecimento. Será que quem pratica atividade física regularmente retarda o processo biológico do envelhecimento?



Este é um assunto que tem sido investigado pela ciência nas últimas décadas e ainda carece de resultados mais consistentes. Apesar de algumas evidências interessantes, uma das dificuldades que existem é o que utilizar como indicador de envelhecimento. Qual ou quais seriam os parâmetros fisiológicos que refletem com mais precisão o processo de envelhecer?



Dentre vários indicadores fisiológicos, existe um que a ciência comprova decrescer progressivamente com o avanço da idade principalmente após a terceira década de vida. Trata-se da capacidade máxima de consumir oxigênio, que é um indicador objetivo da capacidade do corpo de produzir energia.



Este índice é chamado Consumo Máximo de Oxigênio, ou VO2 máximo e é bastante conhecido pelos atletas e corredores. Sua determinação é feita pela ergoespirometria que é o teste de esforço feito em esteira ou bicicleta durante o qual o indivíduo usa uma máscara conectada a um equipamento metabólico para mensurar o consumo de oxigênio.



O grupo de pesquisa da UNIFESP publicou um trabalho em 2007 no Medicine and Science in Sports and Exercise no qual se pode obter as seguintes evidências: O VO2 máximo decresce em média 1% ao ano após a terceira década de vida, ou seja, envelhecemos numa taxa de 10% à cada década baseado na redução da capacidade do nosso corpo de produzir energia.



Quando se comparam três grupos diferentes quanto à atividade física habitual, obtêm-se as seguintes informações: o grupo de indivíduos de vida sedentária e o grupo de indivíduos que fazia atividade física de grande intensidade apresentavam a mesma taxa de decréscimo do VO2 máximo com a idade. A atividade física intensa não desacelera o envelhecimento.



Mas quando se avalia um grupo de praticantes de corrida, que seguia o conceito da prática de atividade de característica moderada, respeitando os limites de intensidade preconizados pelos padrões de orientação, constata-se que a taxa de decréscimo do VO2 com a idade era significativamente reduzida comparada aos dois outros grupos.



Portanto, a prática de exercícios moderados, como é característica de quem corre, pedala ou pratica natação parece desacelerar o processo do envelhecimento. Pelo que encontramos na literatura, este benefício parece ser mediado por vários fatores, dentre os quais a neutralização de radicais livres e a liberação de endorfinas.



Mais uma vez, podemos dizer que praticar exercícios regularmente não só pode proporcionar mais anos à sua vida como também mais vida aos seus anos!


Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2013/11/pratica-regular-de-exercicios-pode-ajudar-retardar-o-envelhecimento.html

2 comentários:

Thiago disse...

Oi, Rivis! Dizem que tomar colágeno diminui essa perda após os 30 (não deve fazer milagre, maaassss.....). Deve haver uma combinação alimentar que ajude a desacelerar bastante o processo de envelhecimento, não acha? Qual será a fórmula mágica? rs

Rivania disse...

Oi Thiago!
Olha, e tem coisa por aí que promete barrar essa perda, viu?
Tem colágeno, tem colágeno hidrolisado, tem Mobility, tem alguns suplementos de sais específicos e por ai vai!
A fórmula "secreta" de sempre, na minha opinião, passa pelo balanço entre atividade física, alimentação saudável e acompanhamento médico esporádico.
Bom mesmo seria um 4o elemento, Thiago... uma máquina do tempo! :)
Como não há, vamos na combinação tradicional mesmo.
Rivis