Mas nada é “o de sempre” na Volta à Ilha de
Florianópolis. Quando eu acho que já vi tudo, vejo coisa nova. Quando eu acho
que já vivi tudo, eu me surpreendo. Quando acho que já senti tudo, emoções
diferentes me chacoalham.
Quando eu acho que já conheci todas as pessoas
bacanas que Floripa poderia me oferecer, me aparecem lindas surpresas. Quando eu
acho que Floripa não me decepcionaria, 'a ilha' me esfrega uma das grandes no
número de peito.
Mas no “soma, divide, multiplica”, só ficam as
coisas boas! As experiências de time, de gente que se respeita, que se apoia,
que torce a favor, que se reconhece mutuamente, gente que se incentiva, gente
que vê ‘copo cheio’, gente que se entende no olhar e no cronômetro.
Sempre fui corredora de asfalto, de prova de
rua. Plana, de preferência, daquelas boas para fazer tempo. Gosto de prova bem
matutina para fugir do sol, com boa hidratação e, de preferência, que eu possa estar
de volta em casa 3 ou 4 horas após a largada.
A Volta a Ilha em revezamento, com seus 140 km
de percurso, me trouxe há 4 anos uma realidade nova.
Me desafiou em todas as minhas “preferências”: de
pé às 4h da manhã para largar às 6.15h. 12 horas de prova, 15 horas na estrada
em uma logística intrincada, matreira, arriscada. Se não for tudo bem planejado
logisticamente em Floripa, chame Marilson, Bastos e Fredison e você ainda assim
pode não garantir um lugar no pódio.
Hidratação? Se vire, é por sua conta e de sua
equipe. Floripa é EcoFloripa. Não se tolera lixo no chão.
Prova plana? Tem não, dá-lhe subidas. Plano só
em algumas praias e olhe lá. E nesse caso, encare a areia fofa, a trilha, a
lama, as pedras ou as dunas.
E sobre a minha repulsa em correr sob o sol
forte? Ah, para isso Floripa esse ano, por exemplo, me reservou um trecho de
prova às 12:35h aos 34ºC, dizem que com sensação térmica de 40ºC. Eu sei lá! Com
aquele calor eu já não fazia conta.
Floripa mexe comigo e mexeu de novo em 2016 em
meus 2 trechos, em meus 2 momentos na prova. A cada quilômetro deixado para
trás eu me conheço mais. Mais dos meus limites, mais do meu potencial, mais do
que posso e não posso, mais do que tolero e não tolero. E a cada quilômetro eu
gosto ainda mais desse autoconhecimento escancarado que o esporte me traz.
Floripa me traz uma dualidade complexa. Quase
na mesma proporção do meu sofrimento físico de me dar ao máximo para cada
quilômetro, aflora a minha paixão por tudo aquilo, pela experiência, pelo que
tiro daquilo para mim mesma.
Floripa foi Floripa de novo. E eu fui eu de
novo naquelas praias, naquela areia, com as pessoas que tanto me acrescentaram,
porque Floripa é um algoritmo de adição de pessoas e experiências, bem como de algumas
subtrações. Como tudo na vida.
Mas e o produto final de Floripa? Um contundente
produto positivo!
Cenas de Floripa, na minha pessoal e apaixonada perspectiva!
4 comentários:
Parabens Rivania!
A volta da ilha é um marco que ainda espero cumprir um dia
Voce ja mandou bem 4x, sensacional!
Se cada ano que vai pra Florianopolis você estiver correndo o tanto que a cada ano fica mais bonita, está voando!
Brincadeiras sérias a parte, parabéns pela prova e pelo post.
Pelas fotos parece que você correu, mas se divertiu muito!
Beijos.
Leo
Parabens por mais esta!
Você é uma inspiração para todo mundo e está muito linda nas fotos!!! :)
Sua equipe chegou em um bom resultado?
Um beijo!
Gisele
Muito obrigada pelos comentários carinhosos! São bastante incentivadores.
Nossa equipe ficou em 8o lugar. Foi uma ótima colocação e premia a qualidade dos Corredores que tínhamos na equipe!
Um beijo a todos!
Rivania
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