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sábado, 23 de abril de 2016

O produto de Floripa

Foi há 1 semana, na mesma areia onde tenho estado há 4 anos, sempre em Abril. Nas mesmas paisagens que tenho visto há 4 anos. Quase na mesma ansiedade dos últimos anos.

Mas nada é “o de sempre” na Volta à Ilha de Florianópolis. Quando eu acho que já vi tudo, vejo coisa nova. Quando eu acho que já vivi tudo, eu me surpreendo. Quando acho que já senti tudo, emoções diferentes me chacoalham.

Quando eu acho que já conheci todas as pessoas bacanas que Floripa poderia me oferecer, me aparecem lindas surpresas. Quando eu acho que Floripa não me decepcionaria, 'a ilha' me esfrega uma das grandes no número de peito.

Mas no “soma, divide, multiplica”, só ficam as coisas boas! As experiências de time, de gente que se respeita, que se apoia, que torce a favor, que se reconhece mutuamente, gente que se incentiva, gente que vê ‘copo cheio’, gente que se entende no olhar e no cronômetro.

Sempre fui corredora de asfalto, de prova de rua. Plana, de preferência, daquelas boas para fazer tempo. Gosto de prova bem matutina para fugir do sol, com boa hidratação e, de preferência, que eu possa estar de volta em casa 3 ou 4 horas após a largada.

A Volta a Ilha em revezamento, com seus 140 km de percurso, me trouxe há 4 anos uma realidade nova.

Me desafiou em todas as minhas “preferências”: de pé às 4h da manhã para largar às 6.15h. 12 horas de prova, 15 horas na estrada em uma logística intrincada, matreira, arriscada. Se não for tudo bem planejado logisticamente em Floripa, chame Marilson, Bastos e Fredison e você ainda assim pode não garantir um lugar no pódio.

Hidratação? Se vire, é por sua conta e de sua equipe. Floripa é EcoFloripa. Não se tolera lixo no chão.

Prova plana? Tem não, dá-lhe subidas. Plano só em algumas praias e olhe lá. E nesse caso, encare a areia fofa, a trilha, a lama, as pedras ou as dunas.

E sobre a minha repulsa em correr sob o sol forte? Ah, para isso Floripa esse ano, por exemplo, me reservou um trecho de prova às 12:35h aos 34ºC, dizem que com sensação térmica de 40ºC. Eu sei lá! Com aquele calor eu já não fazia conta.

Floripa mexe comigo e mexeu de novo em 2016 em meus 2 trechos, em meus 2 momentos na prova. A cada quilômetro deixado para trás eu me conheço mais. Mais dos meus limites, mais do meu potencial, mais do que posso e não posso, mais do que tolero e não tolero. E a cada quilômetro eu gosto ainda mais desse autoconhecimento escancarado que o esporte me traz.

Floripa me traz uma dualidade complexa. Quase na mesma proporção do meu sofrimento físico de me dar ao máximo para cada quilômetro, aflora a minha paixão por tudo aquilo, pela experiência, pelo que tiro daquilo para mim mesma.

Floripa foi Floripa de novo. E eu fui eu de novo naquelas praias, naquela areia, com as pessoas que tanto me acrescentaram, porque Floripa é um algoritmo de adição de pessoas e experiências, bem como de algumas subtrações. Como tudo na vida.
Mas e o produto final de Floripa? Um contundente produto positivo!

Cenas de Floripa, na minha pessoal e apaixonada perspectiva!
 





 
 
 
 
 






4 comentários:

Bernardo disse...

Parabens Rivania!
A volta da ilha é um marco que ainda espero cumprir um dia
Voce ja mandou bem 4x, sensacional!

Leo disse...

Se cada ano que vai pra Florianopolis você estiver correndo o tanto que a cada ano fica mais bonita, está voando!
Brincadeiras sérias a parte, parabéns pela prova e pelo post.
Pelas fotos parece que você correu, mas se divertiu muito!
Beijos.
Leo

Gisele disse...

Parabens por mais esta!

Você é uma inspiração para todo mundo e está muito linda nas fotos!!! :)

Sua equipe chegou em um bom resultado?

Um beijo!

Gisele

Rivania disse...

Muito obrigada pelos comentários carinhosos! São bastante incentivadores.

Nossa equipe ficou em 8o lugar. Foi uma ótima colocação e premia a qualidade dos Corredores que tínhamos na equipe!

Um beijo a todos!
Rivania