E sigamos
falando mais um pouco de Floripa.
Eu queria
oferecer a vocês, meus leitores, mais que apenas uma perspectiva da prova. A
minha vocês tiveram no post anterior. Mas Floripa merece ser vista de
diferentes ângulos.
Por isso,
no post de hoje, um queridíssimo convidado: Rodrigo Righetti.
Rodrigo
esteve na mesma equipe que eu. Nos conhecemos em Fevereiro, no primeiro
encontro presencial da equipe que correria em abril. E desde aquele dia na
pizzaria eu gostei do Rodrigo: objetivo, silencioso, determinado, claramente
estava indo para Floripa para correr. Ué, mas todos vão para Floripa para
correr, certo? Nem sempre... tem gente que vai pela farra, outros pelo astral,
pelo ambiente, pelas paisagens, enfim, por motivos que não prioritariamente têm
a ver com a competição em si. Mas era fácil ler no comportamento do Rodrigo que
ele estava indo para lá para correr, para competir. Já gostei dele ali mesmo!
E chegando
a Floripa, 2 meses depois, não deu outra. Ele era mesmo quem eu achava que era.
Meticuloso, sabia muito de seus trechos. Curioso, questionava detalhes das
previstas 12 horas de prova, do dia, de seus trechos a quem já havia corrido mesmos
trechos em anos anteriores. Minucioso, desafiou a projeção de tempo que lhe havia
sido atribuída em uma das simulações de conclusão de prova feita semanas antes (Sim!
Nossa equipe de Corredores teve um planejamento de Engenheiros, com simulação
de tempo, de pace, logística trecho a trecho, etc). E Rodrigo mais uma vez
estava certo: sua projeção de tempo estava incorreta e ele cobrou que fosse
revisada na simulação.
E Rodrigo
estava certo quando aceitou o desafio de correr a ilha. Se apaixonou à primeira
vista. E eu também estava certa: Rodrigo é o tipo de Corredor que se quer ter
por perto numa experiência dessas: leal, gênero, obstinado e competitivo. Prazer conhecê-lo, Rodrigo! Hoje, no dia de seu aniversário, o post é seu! E “amanhã”, espero que corramos outras provas cheias de significado, como Floripa.
Rodrigo e
seu respeitável currículo: nascido em São Paulo, corre há 2,5 anos, mas já
encaixou 44’ nos 10km e estreou na meia maratona com 1h39’.
Paixão à primeira vista
Uma prova única, que todo amante da corrida deveria
participar pelo menos uma vez. Assim eu resumo a Volta à Ilha.
Corri a prova pela primeira vez nesse ano, após ouvir muita
gente falar bem sobre ela, ler e assistir a algumas matérias que só elogiavam a
corrida. E posso dizer que todos os comentários e elogios estavam certos, foi
paixão à primeira vista.
Para que isso acontecesse, dois aspectos foram
primordiais: o primeiro foi a oportunidade de correr em time num esporte que
normalmente é individual, e até solitário. Defender uma equipe de corrida
aumenta a sua responsabilidade, mas também dá uma motivação extra. A
experiência de fazer parte de um "time de corrida" para mim foi
sensacional, principalmente porque o nosso grupo se ajudou o tempo todo, se
uniu e criou um ambiente muito bacana nas mais de 12h que passamos juntos.
O segundo ponto que me atraiu nessa prova foram os
“fatores surpresa”, que não são tão comuns assim nas corridas de rua, com as
quais estou acostumado. Na Volta à Ilha, por mais que você se prepare bem e
estude o percurso, há muitos fatores inesperados, como uma areia mais fofa do
que você imaginava, correr num horário totalmente atípico, a sensação térmica
de quase 40 graus, o riacho que você tem que enfiar o pé pra atravessar, etc. O
fato de ser uma prova que dura o dia inteiro também contribui para que esses
fatores surpresa apareçam em momentos que você não está correndo, pois você
passa um dia inteiro em uma van ou carro, se alimenta de forma totalmente
diferente do que está acostumado, tem que se virar com banheiros químicos e
muito mais. Essas surpresas com certeza dificultam a performance, mas
acrescentam uma grande emoção à prova.
Além desses aspectos, eu não poderia deixar de citar o
visual e o alto astral de Floripa que eu já conhecia como turista, mas não como
corredor. As paisagens da cidade são um fator de motivação a mais e é incrível
como cada ponto da ilha tem uma beleza diferente, que chama a atenção. Confesso
até que torci para o sol sair e deixar o dia mais bonito, mesmo sabendo que
iria sofrer muito com o calor pra correr um trecho às 11h e outro às 15h.
Enfim, a Volta à Ilha é uma prova muito prazerosa, mas também muito difícil. Não só pela corrida em si, mas também por toda a logística que tem que ser muito bem planejada e também pelo fato de ser um dia totalmente ímpar, com horários atípicos, alimentação diferente e o desgaste de passar muito tempo dentro de carros e andando de um lado pro outro sob o sol. Mas sem dúvida as dificuldades são pequenas perto do prazer de cruzar a linha de chegada e passar o bastão para o seu companheiro e principalmente de cruzar a linha final com toda a equipe junta!
Agradeço a todos que me receberam muito bem na equipe
4any1 Off Road: Ana, Analice, Diedson, Edu, Francisco, João, Renato, Rivania,
Marcos (o craque da logística), Juan e Paulo, que nos conduziram nessa jornada.
A Volta à Ilha deixou aquele gostinho de “quero mais”. Com certeza espero estar
presente novamente em 2017!
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