Correr sem ele me trouxe prós e contras. Obviamente um dos ‘contras’ é que tenho menos informação instantânea durante meus treinos. Mas um dos ‘prós’ é que isso me trouxe mais liberdade. Ainda mais auto percepção de ritmo.
Confesso que muitas vezes, ao correr usando o meu frequencímetro e ao olhar para o pace médio mostrado na tela, mesmo me sentindo bem, eu desacelerei. Como se o relógio me ordenasse: “Desacelere. Esse pace não lhe pertence”. Mas, afinal, é ele quem me configura ou eu a ele?
Frequencímetro, GPS e
afins são ótimas opções para corredores. Recomendo. Mas não recomendo bitolar
na tecnologia. Isso pode lhe tolher. De vez em quando é bom sair livre, leve e solto. De vez em quando esqueça seu relógio em casa. Relembre o prazer de correr por
correr. Correr por prazer. Determine uma distância e um tempo aproximados para
aquele treino e simplesmente vá. É um bom exercício de autoconhecimento.
Ahh, e se você está
pensando em adquirir um frequencímetro, recomendo que não opte por um modelo
touch screen. São belos e... quase descartáveis! Essa é a minha experiência e a
de alguns amigos.
O relógio é uma
importante ferramenta no controle de ritmo, durante a realização de um treino
ou prova. Por meio dele, é possível corrigir longitude, possíveis abusos
durante a corrida e estimar sua evolução de performance, além de ter
informações importantes para serem analisadas no planejamento de treino ou
estratégia de prova.
Os
benefícios são muitos, porém a preocupação em demasia com o equipamento também
pode prejudicar, afinal escutar o corpo é a prioridade durante a corrida. Você precisa
se concentrar e saber como estão suas passadas, respiração e esforço. O treinador da Lobo Assessoria, Rodrigo Lobo, costuma sempre usar relógio com GPS e frequencímetro, mesmo assim afirma que não há prejuízo em correr sem o equipamento. “Para quem quer desapegar do relógio, um bom momento são os treinos regenerativos, mais confortáveis. Ótimas oportunidades para relaxar a cabeça dos números e metas”.
Para
quem está começando, um cronômetro básico que marque voltas e um simples
medidor de frequência já ajudam muito. Já para os que gostam de acompanhar
números ou visam maiores níveis de performance, vale a pena um relógio que seja
possível marcar as zonas cardíacas de treinamento, GPS (para marcar a distância
e ritmo médio), frequência de passadas. Estes valores, sendo bem interpretados,
podem ajudar o atleta a conhecer melhor o corpo e estratégias de treinos e
provas.
Lobo
alerta que começar sem nenhum indicador pode não ser seguro, retardando assim o
pontapé inicial, seja nos treinos intervalados ou mesmo no controle da frequência
cardíaca ideal. “Corredores experientes tem o relógio como um feedback para
confirmar o que está acontecendo”. “Atletas emergentes que ficam vidrados nos
números, esquecem de interpretar os sinais que o corpo envia, não conseguindo
conectar os números às percepções de esforço. O ideal é conseguir mesclar
alguns treinos com monitoramento total e outros parcial”, finaliza.Fonte: http://www.webrun.com.br/h/noticias/tudo-bem-se-eu-correr-sem-relogio/
2 comentários:
Gostei muito do post Rivis.
Aposentei o meu faz um tempo, e adoro a liberdade que isso me dá.
Tudo bem que corro sem pretenções...
Bjs, Deia
Isso ai, Deia!
A maturidade nos traz esse tipo de paz no esporte tambem. Tem hora de correr depressa e tem hora de correr sem pressa.
Beijos!
Rivis
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