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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Lesões vilãs


Canela, calcanhar e planta do pé são as maiores vítimas do impacto que ocorre na corrida - e não os joelhos, tão lembrados quando se fala em lesão de atletas.

É o que revela estudo pioneiro da Universidade Cidade de São Paulo publicado na "Sports Medicine", da Nova Zelândia, revista que lidera o ranking internacional de publicações sobre ciência do esporte feito pelo "Journal Citation Reports".

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram 2.924 artigos. No final da peneira científica, que descartou textos redundantes ou com definições insuficientes, só oito estudos foram considerados. No total, acompanharam 3.500 corredores e constataram 28 tipos de lesão. As três principais e mais comuns são:

1. síndrome do estresse medial da tíbia (canelite)
2. tendinopatia de Aquiles (tendinopatia do calcâneo)
3. fascite plantar 




Estas lesões são causadas por sobrecarga, nenhuma é traumática (tipo pisar num buraco). Diferentemente do futebol, que machuca por macrotrauma, a corrida causa lesões por microtrauma de repetição. Alguma estrutura biológica não aguenta o estresse e sofre inflamação. A causa principal dessas patologias é o excesso de treino, com pouco tempo de recuperação dos tecidos (osso, tendão, músculo). Outra causa da sobrecarga óssea e de tendão é o músculo não estar forte o suficiente para suportar os treinos; no caso da fascite plantar e nas tendinites de joelho e de Aquiles, o encurtamento muscular também é uma causa importante.

O tratamento, pelo menos num primeiro momento, é sempre a redução do treinamento, tanto em volume (quilômetros rodados por semana) quanto em intensidade (ritmo). Há situações em que o corredor deve mesmo interromper seus treinos.

Além de fisioterapia, o paciente deve seguir um programa específico de treinamento, envolvendo alongamento, aplicação de gelo e fortalecimento muscular. Como terapia complementar, a acupuntura, o RPG e a quiropraxia podem ser utilizados, diz Moisés Cohen, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

Os resultados dependem da paciência da pessoa, nem sempre disposta a abrir mão de seu esporte. Profissionais que tratam corredores ficam muitas vezes de mãos atadas, pois essas lesões requerem um tempo de tratamento, o que não é aceito por eles e, muitas vezes, não há tecnologia para abreviar esse tempo, que é determinado pela biologia, não pela opinião médica.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude

5 comentários:

João Paulo disse...

Canelite, foi isso que me fez parar de correr, obrigado por me fazer descobrir o nome!

Manu disse...

Ótimas informações! Bjss

HELENA CHRISTINA CLEBSCH VIDAL disse...

Oi, Rivis.
Muito boa a matéria da Folha. Valeu por compartilhar. Deixar a corrida em standby por conta de uma lesão é um drama e tanto.
Visito seu blog pela primeira vez e gostei muito.
Tbem tenho um blog de corrida, apareça por lá.

Beijão
Helena
@correndodebem
http://correndodebemcomavida.blogspot.com.br/

Rivania disse...

João,
fiquei feliz que o post lhe deu clareza sobre o que essa danada de Canelite.

Manu,
Corredora! Obrigada vc!

Oi Helena!
Prazer recebê-la aqui! Que bom que gostou do blog, já vi que é minha Seguidora!!
Obrigada pelo carinho, adoro a visita de novos Corredores nesse espaço.

E seu blog já está dentre meus Favoritos! Adorei o seu prólogo, transcrito aqui...

"Sou jornalista e corredora amadora. Comecei a correr em 2009 e desde então conquistei algumas medalhas e troféus. No entanto, corro pelo prazer de correr e a sensação de dever cumprido. Corro para não pensar em nada e ao mesmo tempo para organizar meus pensamentos. A corrida me faz feliz e me deixa de bem com a vida e eu procuro levar isso a todos a minha volta."

Um beijo!

André Luiz Fiorenzano daSilveira disse...

Olá, de fato, já sofri com canelite, e agora estou tratando não uma fasciite plantar, mas sim uma ruptura dupla da fáscia do pé esquerdo.