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terça-feira, 27 de novembro de 2012

O lado emocional da lesão esportiva


O texto a seguir traz um alerta importante: às vezes gastamos muito tempo descrevendo a lesão de um atleta como se ela apenas fosse uma questão física, fisiológica, muscular, etc. Mas gastamos pouco tempo cuidando do emocional do atleta lesionado. 

Eu toquei neste assunto no meu último post de 2011, quando contei que, depois de muitos anos, havia passado 30 dias sem correr em função de uma lesão leve identificada em meados do ano em questão:

"Eu deixei de correr por exatos 30 dias. Pela primeira vez em 10 anos experimentei uma lesão. Ela doeu bem mais dentro de mim que fora. A frustração foi infinitamente maior que a dor física."

E é isso. Às vezes dói mais dentro que fora. Mas a gente se esquece e acaba não cuidando do coração, apenas da lesão.





É comum olhar a lesão esportiva pelos fatores físicos, mas o fator psicológico 
e emocional do atleta geralmente é negligenciado

Na maioria das vezes olhamos a lesão esportiva pelos fatores físicos causais como periodização, sobrecarga de treinamento, acidentes, fadiga, mas negligenciamos o fator psicológico e emocional do atleta.
É quase impossível separar as conseqüências físicas de uma lesão com a assimilação mental do que ela pode causar ao atleta. De imediato, o atleta que enfrenta a dor física quer se ver livre dela o mais breve possível, mas logo se apresenta as respostas emocionais, questionando “Por que tem que acontecer comigo?” , “Justo agora?”, “Eu sabia!!!”, e estas abordagens tomam controle da situação.
Sem perder o foco, a procura de um médico especialista fechará um diagnóstico preciso e fará um tratamento clínico adequado e um programa de reabilitação que respeitará o tempo biológico da recuperação do tecido afetado, lembrando que não há “mágica” na recuperação de uma lesão esportiva.
O que observamos claramente nestes períodos que o atleta fica afastado das atividades esportivas, é que há uma reflexão profunda de alguns conceitos de treinamentos e metas, que o recolocam dentro de uma realidade mais palpável e quebra de paradigmas que o afastam do que é considerado ideal da prática esportiva.
As reações do atleta às lesões esportivas são previsíveis e devem ser trabalhadas e respeitadas pela equipe de reabilitação, onde os comportamentos emocionais do pós lesão são inevitáveis. A negação, a raiva, a pena e a depressão são momentos de reflexão que darão subsídios para as fases de reintegração e reabilitação, onde o equilíbrio emocional e novas metas trarão de volta a autoestima e a alegria de viver.

Fonte: Instituto Cohen, SP (MR&RM_FitnessProject)

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