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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Seis Anônimos

Eles são desconhecidos pela maioria. Menosprezados por muitos atletas
Descubra como trabalhar 6 músculos que farão de você um corredor mais rápido e forte

O corpo de um corredor pode ser comparado a uma barraca em uma montanha, em plena ventania. As varetas correspondem aos músculos maiores: quadríceps, posteriores da coxa, glúteos e músculos do abdome, que mantêm o corredor em movimento e com postura ereta. Entretanto, para manter a barraca estável, precisamos de cordas e pinos, que correspondem aos músculos de sustentação. E eles precisam ter um bom condicionamento para nos impulsionar a cada passada.

Se mantivermos a postura correta e trabalharmos esses músculos de sustentação, que estão profundamente inseridos em nosso troco, quadril e pernas, podemos melhorar nossa eficiência na corrida e percorrer mais quilômetros fazendo menos esforço. Já a fraqueza destes músculos, predispõe o corredor a lesões. 

Mas quem são estes Anônimos?

1. Glúteo Médio
Este músculo forma a metade superior dos glúteos e termina um pouco antes do início da região lombar

O músculo glúteo médio estabiliza a pelve durante a corrida e, assim, protege a articulação do quadril de desgaste excessivo e evita problemas na região lombar.
Essa musculatura está fraca se você estiver dando passadas muito curtas durante a corrida, como se estivesse correndo de chinelos. Isso é um sinal de que seu corpo está tentando minimizar o tempo que suas pernas ficam sem contato com o chão (fase aérea). Ao dar passos curtos, o músculo glúteo médio não precisa se flexionar para manter a pelve estável. Assim você cobre distâncias memores com uma quantidade maior de passos.




2. Romboides
Esses músculos ligam as escápulas à coluna vertebral

Quando os romboides estão fortalecidos, eles o ajudam a correr com uma postura perfeita porque puxam seus ombros para trás e levam o tórax para cima. Com isso, mantemos o corpo alinhado e não sentimos pontadas nem cãibras no tórax.
Eles estão fracos se seus ombros ficam arqueados para a frente durante a corrida. Se tiver um espelho na academia, preste atenção em sua postura no treino. Até mesmo ficar corcunda na mesa de trabalho já indica que esses músculos precisam de atenção.





3. Fibular Longo
Ele começa abaixo do joelho e passa pela lateral externa da panturrilha até chegar à sola do pé

O fibular longo atua na absorção do choque proveniente dos pés e estabiliza os tornozelos quando corremos em terrenos inclinados ou irregulares. A fraqueza nesses músculos pode provocar uma série de problemas em todo o corpo.
Se você sentir uma dor ou inchaço na lateral externa dos tornozelos ou calcanhares depois da corrida, provavelmente é porque precisa trabalhar o fibular. Essa dor some depois de 1 ou 2 dias de descanso, mas deve voltar na próxima corrida. E, se você torce o tornozelo com frequência ou sente algum tipo de instabilidade nos membros inferiores durante a corrida, provavelmente a fragilidade é deste músculo.






4. Poplíteo


É um músculo que cruza a parte de trás do joelho e se conecta ao osso da panturrilha (tíbia)

Esse músculo entra em ação no momento em que flexionamos os joelhos e os "destravamos". Quando trotamos, o poplíteo estabiliza o joelho para garantir que ele continue na posição correta. Com isso, o joelho fica protegido do desgaste excessivo.
Eles estão fracos se você não consegue esticar os joelhos totalmente, se os músculos posteriores da coxa estiverem mais fortes em uma perna que na outra ou se seus quadríceps estiverem mais fortes que os posteriores da coxa. Para um autoteste, treine na cadeira flexora com uma perna de cada vez. Se você sentir dor na parte de trás do joelho flexionado, provavelmente seu músculo poplíteo precisa de cuidados.





5. Grácil
Trata-se de um músculo fino, inserido na coxa, que se estende da parte interna da virilha até o joelho

Ele nos ajuda a flexionar os joelhos e é um dos poucos músculos que mostram interação entre joelho, pelve e quadril. Ele ajuda a manter a pisada bem alinhada e, com isso, gastamos menos energia e nos tornamos corredores mais eficientes.
Sinal típico de fraqueza na região é se você sente uma dor aguda na virilha ao fazer uma mudança brusca de direção no treino.


6. Oblíquos

Esses músculos ficam nas laterais do seu abdome

Os oblíquos ajudam o tronco a girar de um lado para o outro, mas o mais importante é que eles impedem que o troco faça justamente esse movimento durante a corrida. Quando o troco se move de um lado para o outro enquanto corremos, gastamos mais energia, nos cansamos mais rapidamente e estressamos e região lombar e os joelhos.
Você precisa trabalhar essa musculatura se, ao correr, arqueia os ombros para a frente ou faz isso enquanto dirige ou vê TV, por exemplo.

Para todos os casos em que haja necessidade de fortalecer estes músculos, exercícios específicos devem ser feitos com regularidade. A orientação de um profissional da área é fundamental para garantir efetividade dos exercícios e eliminar a chance de lesões.



Fonte: Revista Runners - maio 2011

3 comentários:

Rodrigo Fonseca disse...

Cara, esse blog aqui tá cada dia subindo a barra mais um pouquinho! Muito bom, Rivis! Nosso corpo é uma máquina próxima da perfeição, e cada "parafuso", por mais simples que possa parecer, tem que estar firme no lugar. Tudo bem, eu que tenho um a menos, não devia entrar nesse papo de parafuso né?! rsrs

Jussara disse...

Excelente!
Nem fazia idéia que músculos dos quais nunca ouvi falar pudessem me fazer correr melhor!
Esse blog tá bombando mesmo!
Em compensação vou rever minha ficha de musculação!!!! rsrs

Jussara

Rivania disse...

Ro,
feedback seu é sempre bom! Me esforço pra ler muito e publicar textos úteis aqui! Tb gosto muito de conhecer a teoria que embasa a prática da corrida.
Pois é, está tudo intimamente interligado no nosso corpo. Para uma dor ou desequilíbrio, haverá sempre uma explicação bem racional. Em resumo, a melhoria na corrida está longe de ser conquistada apenas correndo.

Ju,
tem músculos de nomes bem esquisitos mesmo! E rever a ficha de musculação é mesmo a melhor estratégia, sempre com supervisão de um profissional da educação física.

Sigamos correndo e fortalecendo o corpo todo!