Álcool, Gordura e Leite compõem o grupo de tentações de risco para os Corredores
Abastecer o carro com gasolina adulterada causa danos ao motor. Substitua o carro pelo corpo do atleta e a gasolina, pelos alimentos. Os mais saudáveis, como frutas, legumes e massas leves farão o papel do combustível confiável. A gasolina "batizada" será um grupo de 4 alimentos: bebidas alcoólicas, manteiga, carnes gordurosas e leite.
A queda de rendimento é resultado de uma perturbação externa no ciclo do glicogênio. O organismo tem como fontes de energia ATP, glicose, carboidrato, gordura e, em casos extremos, proteína. Os "inimigos" geram desequilíbrio e reduzem as reservas de glicose. Com isso, o corpo fica sem energia e o atleta "quebra".
Se Beber, Não Corra
A ingestão de álcool reduz as reservas de glicose, além do efeito diurético que leva à desidratação. Órgãos como o fígado e os rins ficam sobrecarregados com a limpeza do organismo atacado pelo álcool e, com maior demanda sanguínea, é preciso redirecionar a energia que deveria estar nos músculos.
80 a 90% do álcool são metabolizados no figado, que trabalha de forma mais lenta e absorve muita energia para eliminar elementos nocivos.
Afaste-se da Gordura
Encontrada em alimentos industrializados e em carnes gordurosas, prejudicam a absorção de eletrólitos e vitaminas e o efeito na queda de rendimento é a longo prazo. Não se deve consumir carne vermelha na semana anterior a uma prova, por exemplo.
No caso de carnes vermelhas, a proteína está presente na formação das fibras musculares e o ferro é fundamental na contração muscular. As carnes brancas são, no entanto, as mais recomendadas pelas baixas quantidades de gordura saturada.
Para quem não tem bons hábitos alimentares, a boa notícia é que o organismo se adapta rapidamente Às mudanças para uma nutrição saudável. Em uma semana de dieta mais leve, o atleta já se sentirá mais disposto.
Laticínios só depois do Treino
Leite e seus derivados são associados a uma alimentação saudável. Rico em cálcio, ele é um poderoso aliado no fortalecimento da estrutura óssea. No entanto, se consumido menos de 2 horas antes do treino pode demandar mais tempo até o esvaziamento gástrico, o que eleva o risco de refluxo durante a corrida.
A percepção de que os alimentos mais saborosos são os menos saudáveis é comum. Cientificamente, há uma explicação para isso. O prazer do paladar, é consequência de reações cerebrais, incluindo a produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina. Alimentos fontes de gorduras e açúcares são os que potencializam a produção de neurotransmissores.
Estudos relacionam drogas e nutrição, já que as substâncias viciantes atuam com mais potência, mas de forma similar aos alimentos tidos como saborosos. O prazer pode ser assim a isca de uma armadilha.
Fonte: Revista The Finisher, maio e junho 2011
4 comentários:
Acho que essa fito da picanha foi uma provação do inferno! Foi um teste pra saber se a gente resistiria a não sair correndo pra um churras hahaha!
Gostei que saber que as comidas gostosas são meio que viciantes. Resta saber se a gente consegue resistir.
Beijos!!!
Júlia
Rivis,
Eu sou um dos que pode dizer por experiência própria que correr com muito menos peso faz toda a diferença na motivação. Perdi 10 kg quando comecei a correr há 2 anos, sem passar fome. Mas comendo com mais qualidade e sem tanta ansiedade.
Valeu pelo texto. Um alerta e tanto para nos corredores.
Fernando
Fiquei com vergonha agora! Vou ali comer uma rucula com suco de beterraba e já volto!
É isso aí! Correr mais leve ajuda a correr melhor. E o melhor de tudo é que faz um enorme bem à saúde e nos prepara para uma vida melhor no futuro, quando a idade pesar mesmo.
Suco de melancia e rúcula são uma bela combinação. Se tiver uma barrinha de cereal... Humm, melhor ainda!!
Postar um comentário