Dores e lesões na região lombar de Corredores podem ser
causados por desequilíbrios musculares. Durante a prática da corrida, há uma
transmissão de energia dos membros inferiores para os membros superiores e
vice-versa. Ou seja, os músculos envolvidos na mecânica da corrida não
trabalham separadamente. Eles atuam de forma coordenada e interdependente para
gerar uma cadência harmônica, fluida e eficiente.
A musculatura do tronco fica no meio do caminho dessa
transmissão de energia, contraindo-se e relaxando constantemente a cada
passada.
Estudos da década de 1990 mostraram que a ativação dos músculos
do abdome (oblíquo interno e externo, reto abdominal e transverso) e da região
lombar (principalmente os multífidos) acontece antes mesmo do início dos
movimentos dos membros inferiores. Isso significa que existe um ajuste postural
que se antecipa à ação das pernas.
Outras pesquisas identificaram que o transverso abdominal,
cuja função era subestimada, é o principal estabilizador da coluna lombar
durante o movimento. E pessoas que sofrem de dores nessa região ou sentem a
musculatura fadigada – geralmente por excesso de treinamento – apresentam um
limiar mais alto para ativar esse músculo. Isso acaba prejudicando a
estabilidade do tronco durante a corrida, podendo causar microtraumas, dores e
degeneração precoce da coluna.
Conhecendo um pouco melhor esses músculos, é possível
afirmar que o fortalecimento não deve ficar focado apenas no abdome, mas também
na região lombar. Por isso, inclua no seu treinamento sessões de fortalecimento
do Core.
O Core é nosso centro de gravidade, responsável por manter a
estabilidade da coluna e do quadril quando andamos, corremos, respiramos. Ter
um Core mais forte significa ter mais equilíbrio e mais controle sobre o
próprio corpo, o que é especialmente importante quando corremos em terrenos
irregulares. Além disso, é o Core que protege a coluna vertebral, absorvendo o
impacto da corrida e mantendo a postura correta mesmo quando o cansaço chega.
Corredores que negligenciam os exercícios abdominais e
dorsais estão mais suscetíveis às dores nas costas, principalmente na região
lombar. Por outro lado, corredores que trabalham bem essa parte do corpo tendem
a economizar energia e a melhorar a técnica. Isso porque o Core distribui a
energia gerada nos grupos musculares maiores (no caso da corrida, os quadris)
para os grupos musculares menores (pernas, pés, braços). Quando o Core trabalha
bem, pouquíssima energia é perdida em movimentos indesejáveis da coluna e do
quadril.
Fonte: Revista WRun – Fevereiro/Março 2012 e www.revistapilates.com.br
2 comentários:
Feito pra mim! A lombar resolveu dar o ar da graça...
Da-lhe fortalecer o core!
Obrigada Rivis!!
Bjs,
Andrea
Boa, Rivis! Já estava com saudades desse blog!
Completei 3 meses de Pilates e já consigo sentir os efeitos positivos de um core reforçado e uma maior estabilidade na minha corrida. Há exercícios específicos para corredores, e a lombar (junto com os paravertebrais) merecem atenção especial.
Bjos.
Rodrigo Fonseca
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