Quem sou eu

domingo, 30 de dezembro de 2012

Menos foi Mais


Assim foi o meu ano na corrida. Foi menos: menos treino, menos pressão eu fiz em mim mesma, menos provas que em outros anos. Fiquei bem menos incomodada em priorizar outras coisas em determinados momentos e treinar menos. Fiquei menos ansiosa por ter que melhorar todas as minhas marcas em provas. Menos cobrança por ter desistido, ou talvez postergado, os planos de uma maratona. Até menos posts eu publiquei nesse blog. E menos foi mais.

Foi em 2012 que fiz meus melhores resultados na corrida. Melhorei em todas as distâncias: nos 5k, 10k, 16k e 21k.

Treinei menos que em 2011, ano em que, até então, havia feito minhas melhores marcas. Mas treinei com mais consciência, com mais maturidade, com mais cautela.

O receio de lesões, um ano muito demandante no trabalho e um MBA, me fizeram treinar menos. E melhor.

E eu precisava aprender isso! Que valem mais a qualidade e a minha consciência corporal e esportiva, que o volume de treino.

Estive ao lado de pessoas que foram puro incentivo e inspiração. Ao longo do ano, coisas e pessoas incríveis aconteceram na minha vida. E hoje eu sou um produto de tudo e todos.

Há 4 dias, em mais um treino ao redor do lago de 1 km de volta, no condomínio onde moro, meu local constante de treino nos últimos 3 anos, eu encontrei um casal caminhando. Assim como eu, eles são freqüentadores assíduos da pista do lago. Eu corro no sentido horário e eles caminham no anti-horário. Por isso nossos olhares se cruzam com freqüência enquanto corro, enquanto eles caminham. Eles têm cerca de 70 anos. Parecem unidos, saudáveis e cheios de vida. E nesse dia, por algumas vezes, quando cruzei com ele especificamente, percebi o olhar inquisidor de sempre. Como se quisesse me perguntar: “Mas por que você corre tanto, menina? O que você está buscando?”.

O olhar inquisidor dele me fez lembrar uma canção do U2 da qual gosto muito, que diz assim:

I've climbed the highest mountains
I've run through the fields
Only to be with you

I've run I have crawled
I've scaled
These city walls
Only to be with you

But I still haven't found
What I'm looking for

E voltando ao olhar inquisidor do meu vizinho anônimo, eu mesma me perguntei nesse dia: o que você realmente está buscando na corrida e na vida?

Para essa pergunta podem existir várias respostas. Eu busco as coisas da vida que me fazem bem, que me dão prazer, que me fazem mais feliz, que me tiram o medo de estagnar e me conformar, que me trazem saúde e plenitude, coisas que me fazem ser exemplo para minha filha e para as pessoas que amo.

E vou continuar buscando pra sempre, pois o desafio de ser uma pessoa cada vez melhor na minha vida, no esporte e no trabalho, me instiga e me move.

Mas se fosse eu a autora dessa música do U2, eu faria um ajuste na letra ao fazer uma reflexão de como foi 2012 para mim. Ao refletir sobre este ano, sobre tudo que fiz e sobre as pessoas com quem convivo e as que cruzaram meu caminho recentemente, eu reescreveria essa canção assim: “And I finally found what I was looking for”.

Aos meus queridos leitores deste blog, eu desejo um Feliz Ano TODO! Que estejamos juntos no Novo Ano. Com menos ou mais treino. Mas sempre mais completos e cheios de energia pela vida!

Obrigada pela companhia! Deus nos abençoe ainda mais em 2013!

sábado, 29 de dezembro de 2012

O melhor do Açúcar




Apesar de vilão se consumido em excesso, o açúcar pode ser inofensivo ao ser ingerido de maneira correta. O importante é consumir da melhor forma. Também é preciso lembrar que pães, bolos e tortas também contêm açúcar e não apenas as balas, brigadeiro ou chiclete. Ou seja, fugir pode não ser a melhor saída, mas sim consumir com moderação e não se jogar na primeira tentação.

O mel pode ser o mais indicado aos atletas, pois contém fonte de nutrientes ideais ao organismo. Além dos nutrientes importantes, o mel ajuda a alimentar as 'boas bactérias' intestinais, colaborando na absorção delas pelo intestino. 

O consumo diário de açúcar varia de acordo com a pessoa. As recomendações de carboidratos mudam muito, até para quem treina. As referências mais antigas preconizavam 60-70% de calorias da dieta vindas de carboidratos. Mas isso mudou e hoje deve-se balancear com o consumo de proteínas magras e gorduras saudáveis.

Evite o açúcar refinado e a versão não orgânica. O excesso de qualquer tipo de açúcar aumenta o risco de cáries, obesidade, hiperglicemia e diabetes, leva ao envelhecimento de pele, piora o aspecto da celulite e aumenta a formação de fungos no organismo.

Conheça mais sobre seis tipos de açúcar:

Refinado comum: como o próprio nome diz, é altamente refinado. É usado com aditivos quimicos quando a versão não é orgânica.

Demerara: é menos processado que o refinado. Não passa por tantos processos químicos e não chega a ser escuro e úmido como o mascavo. Costuma adoçar as preparações sem alterar sabor e nem cor.

De confeiteiro: é o açúcar refinado comum, só que mais fino. Muito usado em preparações de doces.

Mascavo: não passa pelo processo de refinamento. Por isso, apresenta melhor qualidade nutricional, conservando vitaminas e minerais. É menos solúvel que os demais.

Cristal: caldo de cana passa por processos de purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e secagem. Adoça menos por ser menos solúvel e, muitas vezes, é usado em maior quantidade para adoçar. Ideal mesmo para preparo de confeitos de doces.

Orgânico: obtido a partir da cana cultivada sem fertilizantes químicos. Possui características nutricionais semelhantes as do mascavo.

Fonte: www.ativo.com

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Barras de Cereal e de Energia


Inúmeras vezes somos surpreendidos pela fome repentina e muitos recorrem às barrinhas de cereal, que definitivamente caíram no gosto de milhares de pessoas. Por isso é importante saber um pouco mais sobre essa fonte de energia e compreender como ela pode ou não auxiliá-lo ao longo dos treinos, competições e na sua rotina.

Compostas predominantemente por carboidratos de rápida absorção, como a glicose e o mel, além de cereais como flocos de aveia, linhaça, quinua, farinha de trigo enriquecida, flocos de soja, de cevada, as barrinhas também levam em sua composição frutas e chocolate.

A inclusão de frutas além de dar sabor, agrega vitamina C ao produto, além de outros nutrientes importantes. Já o chocolate é fonte de antioxidantes e magnésio, importantes para a saúde cardiovascular. Vale dar preferência ao chocolate meio amargo ao invés do chocolate ao leite e do chocolate branco, por conta do cacau, que contém mais antioxidante ainda.

As barrinhas podem ser utilizadas, como as frutas e iogurte, para lanches como uma forma de variar a dieta. Além de serem práticas, ajudam na regularização do intestino, pois contêm fibras. Em média, essas barras possuem de 80 a 110 calorias, podendo substituir uma fruta ou uma fatia de pão light com requeijão light, por exemplo.

Mas não indica-se trocar sempre frutas por barras de cereais. O alimento in natura sempre deve ser priorizado, e não mais do que uma unidade ao dia delas para consumo. Não devem substituir refeições como almoço ou jantar, pois não são um alimento extremamente equilibrado em vitaminas, minerais e proteínas que é o que devem conter as principais refeições do dia. As barras entram mais como opção de lanches intermediários.

Fonte: www.ativo.com

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Saia do Asfalto




Correr na esteira ou no asfalto, os pisos mais comuns, é indicado e muito eficaz. Mas o treino de corrida em diferentes terrenos – terra, grama, areia – traz inúmeros benefícios: tira você da rotina, varia o estímulo, melhora o rendimento e pode acelerar a perda de peso.

E mudar o ambiente de treino não é tarefa das mais difíceis. Se você está acostumado a correr no asfalto, por exemplo, não terá problemas na musculatura com a passagem para terrenos mais irregulares. Como as principais estruturas envolvidas no movimento da corrida já estão bem recrutadas, é possível trocar de solo sem medo. 

No entanto, alguns cuidados devem ser tomados para que a performance não seja muito alterada e para evitar acidentes e lesões. Quem corre há pouco tempo, deve começar pelos terrenos tradicionais. A maneira mais segura é começar com trotes na esteira, passar para a rua e só em seguida correr na grama plana e areia. Percursos com pedras e trilhas se solo misto devem ficar por último.

E do mesmo jeito que não é bom iniciar na prática da corrida em solos com desnível, abandonar de vez os pisos mais firmes e planos também mão é recomendado. Afinal, a esteira proporciona um ótimo amortecimento de impacto e o asfalto é ideal para treinos de velocidade.Correr sempre em superfícies mais macias como uma pista de atletismo ou a terra batida, pode alterar sua percepção de esforço e, na hora da prova, perde-se um pouco da noção de ritmo.

Portanto, o melhor é alternar as superfícies e aproveitar o que cada uma oferece de melhor. Correr na grama, por exemplo, proporciona baixo impacto, mas é preciso estar atento a buracos e tocos que podem estar escondidos no meio da vegetação. Se o percurso for confiável, vale a pena fazer rodagens curtas sem tênis, para fortalecer a musculatura dos pés.

A areia fofa também tem suas vantagens. Por ser instável e aderente, melhora a propriocepção, fortalece as estruturas do tornozelo e intensifica o trabalho muscular, recrutando a musculatura profunda e funcionando como um tipo de fortalecimento articular e muscular. 

O Perfil de Cada Terreno

CONCRETO – piso duro e de pior impacto, sobrecarrega as articulações.

ASFALTO – é muito parecido com o piso de concreto, mas menos rígido.

TERRA BATIDA – tem médio impacto, ótimo para pessoas com alto volume de treino.

GRAMA – de baixo impacto, muito bom para Corredores que estão se recuperando de lesões de sobrecarga.

AREIA FOFA – também de baixo impacto, porém proporciona instabilidade. Assim, exige treinos menos intensos.

PISTA DE ATLETISMO – mais flexível, agride menos as articulações. Para treinos com alta intensidade e baixo volume.

ESTEIRA – o equipamento tem amortecedor. Ótimo para iniciantes e treinos complementares.

Fonte: Revista WRun, agosto / setembro 2012 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Macrociclo e Mesociclos


O planejamento é fundamental para atingir os objetivos na corrida. Se você já escolheu uma prova como seu próximo desafio, uma boa estratégia é programar seus treinos a partir de um Macrociclo.

Macrociclo é o período total de treinamento para uma competição-alvo. Ele tem início no primeiro dia de treino e geralmente termina depois de uma ou duas semanas da prova. É com base nele que estabelecemos as diretrizes de planejamento dos treinos, com a finalidade de cumprir uma meta específica.

Com o macrociclo definido, é possível partir para a periodização, que é justamente dividir esse grande período em ciclos menores, os chamados Mesociclos, para conduzir o atleta ao pico de seu desempenho no dia da prova principal. Os mesociclos são então separados novamente em Microciclos semanais.



O macrociclo costuma ser desmembrado em quatro mesociclos:

Período de base - voltado ao condicionamento geral. São trabalhados estímulos variados (treinos contínuos, fartleks, intervalados).

Período específico - são trabalhados estímulos específicos para o corredor, de acordo com a prova ou o tempo que deseja alcançar. Se for um atleta que, por exemplo, tem como foco a maratona, são priorizados os treinos de volumes maiores.

Período competitivo - é a fase final de preparação para alcançar determinada marca ou distância. Deve-se diminuir volume e intensidade, preservando o corredor para a competição-alvo.

Período de transição - é a fase de recuperação após a competição-alvo. O corredor deve realizar atividades diferentes da corrida, como bike, natação ou trotes leves.

A duração de cada período depende do nível do corredor e de quantas semanas ele tem disponível até a competição. Para um macrociclo de 16 semanas, considerado ideal e padrão para treinos de maratona, por exemplo, sugere-se a seguinte divisão:

* Período de base: 7 semanas
* Período específico: 5 semanas
* Período competitivo: 2 semanas
* Período de transição: 2 semanas

Fonte: http://www.thefinisher.com.br/

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Para não ficar a pé

Sem tênis, Corredor não é Corredor. É como carro sem pneu, ou seja, fica a pé!
Apesar de não existir prazo de validade dos seus companheiros de corrida, é preciso se atentar a quilometragem somada a cada par de tênis, pois o desgaste pode te prejudicar.
Toda vez que seu treino mudar muito - aumento de quilometragem em preparação para uma corrida ou término de um longo ciclo de alta quilometragem - você precisa  trocar de tênis. Os tênis devem ser substituídos antes de ficarem gastos e, de modo geral, a vida útil dos tênis está entre 600 e 800 km. 
Veja três maneiras de identificar se o seu par de tênis perdeu a qualidade:
Dores nas pernas: se você sente uma leve dor nos pés ou nas pernas, inclusive se não houve mudança no treino ou a sensação de que está sentindo mais o solo do que deveria, é bem provável que a dor venha dos seus tênis.

Rasgos e desgastes visíveis: se a sola está desgastada até a altura da entressola, ou se a entressola está comprimida ou pregueada, significa que os tênis já passaram de sua vida útil.

Inclinação: quando os tênis não ficam retos quando colocados em pé demonstram que perderam a estrutura e não são mais capazes de protegê-lo de forma adequada. E se há inclinação para dentro ou para fora, é necessário substituí-los.
Os especialistas recomendam que se tenha pelo menos dois pares de tênis. Há várias vantagens em não ser fiel a um modelo só:



. Durabilidade - “Revezando-os, você irá conservá-los por mais tempo”, diz Ely Behar, representante da Brooks no Brasil. Até porque as borrachas e espumas têm vida útil.


. Resiliência - com dois pares, você dá tempo para o calçado descansar e recuperar suas propriedades de amortecimento. Se, mesmo assim, você quiser usar só um par, dê um descanso de 24 horas entre um treino e outro. Outra opção: na sua próxima compra, procure por modelos com alta resiliência, ou seja, que voltam rapidamente ao seu estado original após o uso.



. Versatilidade - “Revezar contribui para que seu pé tenha uma facilidade maior em se adaptar a novos modelos, não ficando ‘viciado’ sempre no mesmo”, aponta Christiano Coelho, gerente de marketing para corridas da Nike.




. Secagem - Alterná-los também é uma boa opção para quem corre duas vezes por dia ou fica com os tênis úmidos freqüentemente. Assim, cada par fica completamente seco.

Fonte: www.ativo.com e http://runnersworld.abril.com.br/materias/tenis/

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O lado emocional da lesão esportiva


O texto a seguir traz um alerta importante: às vezes gastamos muito tempo descrevendo a lesão de um atleta como se ela apenas fosse uma questão física, fisiológica, muscular, etc. Mas gastamos pouco tempo cuidando do emocional do atleta lesionado. 

Eu toquei neste assunto no meu último post de 2011, quando contei que, depois de muitos anos, havia passado 30 dias sem correr em função de uma lesão leve identificada em meados do ano em questão:

"Eu deixei de correr por exatos 30 dias. Pela primeira vez em 10 anos experimentei uma lesão. Ela doeu bem mais dentro de mim que fora. A frustração foi infinitamente maior que a dor física."

E é isso. Às vezes dói mais dentro que fora. Mas a gente se esquece e acaba não cuidando do coração, apenas da lesão.





É comum olhar a lesão esportiva pelos fatores físicos, mas o fator psicológico 
e emocional do atleta geralmente é negligenciado

Na maioria das vezes olhamos a lesão esportiva pelos fatores físicos causais como periodização, sobrecarga de treinamento, acidentes, fadiga, mas negligenciamos o fator psicológico e emocional do atleta.
É quase impossível separar as conseqüências físicas de uma lesão com a assimilação mental do que ela pode causar ao atleta. De imediato, o atleta que enfrenta a dor física quer se ver livre dela o mais breve possível, mas logo se apresenta as respostas emocionais, questionando “Por que tem que acontecer comigo?” , “Justo agora?”, “Eu sabia!!!”, e estas abordagens tomam controle da situação.
Sem perder o foco, a procura de um médico especialista fechará um diagnóstico preciso e fará um tratamento clínico adequado e um programa de reabilitação que respeitará o tempo biológico da recuperação do tecido afetado, lembrando que não há “mágica” na recuperação de uma lesão esportiva.
O que observamos claramente nestes períodos que o atleta fica afastado das atividades esportivas, é que há uma reflexão profunda de alguns conceitos de treinamentos e metas, que o recolocam dentro de uma realidade mais palpável e quebra de paradigmas que o afastam do que é considerado ideal da prática esportiva.
As reações do atleta às lesões esportivas são previsíveis e devem ser trabalhadas e respeitadas pela equipe de reabilitação, onde os comportamentos emocionais do pós lesão são inevitáveis. A negação, a raiva, a pena e a depressão são momentos de reflexão que darão subsídios para as fases de reintegração e reabilitação, onde o equilíbrio emocional e novas metas trarão de volta a autoestima e a alegria de viver.

Fonte: Instituto Cohen, SP (MR&RM_FitnessProject)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Musculação antes ou depois?


Correr e fazer musculação no mesmo dia atrapalha a performance? Essa dúvida acompanha muitos corredores, principalmente os que têm agenda apertada e não podem intercalar os dias de treino com os de fortalecimento muscular.

O treinador Marcos Caetano, do Instituto Vita, tem uma boa notícia para esse grupo: “Não vejo problema algum em fazer musculação no mesmo dia da corrida, desde que as variáveis do treinamento sejam controladas. Temos que organizar o volume e intensidade da atividade secundária de modo que ela não concorra com a atividade principal daquela sessão”.

Como dividir o treino? 

- Se o objetivo é o ganho de potência aeróbia,  deve-se realizar o treino intenso de corrida primeiro e, ao final, o de fortalecimento (com volume e intensidade reduzidos).

- Quando a prioridade é o ganho de força e potência muscular, deve-se iniciar a sessão com o treinamento muscular de alta intensidade e, na sequência, fazer o trabalho de corrida com volume e intensidade reduzidos.

- Se o objetivo for hipertrofia muscular, uma boa sugestão é dividir os dias de treino da seguinte forma: corrida intensa no mesmo dia do fortalecimento de membros superiores e corrida leve no mesmo dia do fortalecimento de membros inferiores.

O treinamento de corrida concorre diretamente com o treinamento muscular, se o atleta não controlar o volume e as cargas de treino desses dois componentes, terá prejuízos na performance e maior risco de lesão, podendo levar ao overtraining.

Marcos também destaca a importância da orientação profissional na hora de montar a planilha de treinos: “O educador físico pode otimizar as sessões de treino para que não haja desperdício de tempo com exercícios inespecíficos para a corrida, além de saber a melhor forma de controlar as cargas de treinamento e o descanso entre os estímulos".

Fonte: www.thefinisher.com.br

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Lesões vilãs


Canela, calcanhar e planta do pé são as maiores vítimas do impacto que ocorre na corrida - e não os joelhos, tão lembrados quando se fala em lesão de atletas.

É o que revela estudo pioneiro da Universidade Cidade de São Paulo publicado na "Sports Medicine", da Nova Zelândia, revista que lidera o ranking internacional de publicações sobre ciência do esporte feito pelo "Journal Citation Reports".

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram 2.924 artigos. No final da peneira científica, que descartou textos redundantes ou com definições insuficientes, só oito estudos foram considerados. No total, acompanharam 3.500 corredores e constataram 28 tipos de lesão. As três principais e mais comuns são:

1. síndrome do estresse medial da tíbia (canelite)
2. tendinopatia de Aquiles (tendinopatia do calcâneo)
3. fascite plantar 




Estas lesões são causadas por sobrecarga, nenhuma é traumática (tipo pisar num buraco). Diferentemente do futebol, que machuca por macrotrauma, a corrida causa lesões por microtrauma de repetição. Alguma estrutura biológica não aguenta o estresse e sofre inflamação. A causa principal dessas patologias é o excesso de treino, com pouco tempo de recuperação dos tecidos (osso, tendão, músculo). Outra causa da sobrecarga óssea e de tendão é o músculo não estar forte o suficiente para suportar os treinos; no caso da fascite plantar e nas tendinites de joelho e de Aquiles, o encurtamento muscular também é uma causa importante.

O tratamento, pelo menos num primeiro momento, é sempre a redução do treinamento, tanto em volume (quilômetros rodados por semana) quanto em intensidade (ritmo). Há situações em que o corredor deve mesmo interromper seus treinos.

Além de fisioterapia, o paciente deve seguir um programa específico de treinamento, envolvendo alongamento, aplicação de gelo e fortalecimento muscular. Como terapia complementar, a acupuntura, o RPG e a quiropraxia podem ser utilizados, diz Moisés Cohen, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

Os resultados dependem da paciência da pessoa, nem sempre disposta a abrir mão de seu esporte. Profissionais que tratam corredores ficam muitas vezes de mãos atadas, pois essas lesões requerem um tempo de tratamento, o que não é aceito por eles e, muitas vezes, não há tecnologia para abreviar esse tempo, que é determinado pela biologia, não pela opinião médica.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude

domingo, 11 de novembro de 2012

Os 10k de Athenas. Ou os 2x5k de Athenas

Fim do meu ano competitivo na corrida! Athenas 3 em SP, domingo, dia 4 Nov, encerrou meu ciclo de provas do ano. Fui para os 10km e os fechei pra 46'12", meu 2º melhor tempo na distância. Bastante condizente com meus treinos nos últimos 2 meses, a meritocracia de sempre: 44' não seria justo. Mas 48' também não.

A prova foi, de novo, bela do ponto de vista de organização, pré, durante e pós prova. E eu pude presenciar a estréia de mais uma amiga nos 10km, dessa vez, Cíntia Oliveira!

A Cíntia começou a correr há 2 ou 3 anos e ensaiava esta distância desde 2011. Dois dias antes da prova nos encontramos em uma festa e descobrimos que estávamos inscritas para esta prova. Mas ela vem de um período de poucos treinos, então estava relutante sobre ir ou não no domingo... No sábado, véspera da prova, decidiu ir! Mas apesar de inscrita para os 10k, decidiu fazer a perna de 4km, instituída pioneiramente este ano para incentivar a participação de iniciantes na corrida. Mas no domingo, quando eu e ela pegamos estrada às 04:50h da madrugada, ela me disse decidida: "Mudei de idéia, vou para os 10km".

E ela foi! A estratégia foi bem bacana, vale contar aqui: para não se assustar com o tempo no cronômetro que contabilizava cada vez mais e mais minutos, ela tomou uma decisão na virada dos 5km, exatamente no meio da prova - zerou o cronômetro! E disse para si mesma: "Não é um 10k. São apenas 2 provas de 5k. E 5k eu corro na boa!".

E foi isso. Ela "apenas" correu 2 provas de 5k. E colocou um 10k no currículo.

No pós prova encontrei também a Renata Coelho, uma amiga do trabalho, empolgada, cheia de planos para 2013, ela era pura adrenalina! Começou a correr esse ano e já foi arrebatada pela mania de correr.

Parabéns, Cíntia e Re Coelho! Foi muito bom presenciar a alegria de vocês! Seguem nossas fotos.

Eu sigo aqui treinando. Provas agora só em 2013. Abertura do ano deve ser no Jócquei Clube de SP, no Circuito Vênus, em março. Aliás, para esta prova há uma legião de amigas prometendo ir, mais de 12 dessa vez. O coração dessas meninas foi mesmo tomado por este vício do bem!

Cíntia (esquerda) e eu, antes da prova de 2x5k

Renata Coelho e eu, pós prova





quarta-feira, 31 de outubro de 2012

42K em sonho

Eu confesso que voltei atrás em uma decisão. Aliás, há algum tempo eu deveria ter confessado isso aqui...

Difícil pra mim voltar atrás. Não por orgulho, mas pela convicção no momento da tomada de decisão. Em geral sou assim. Volto pouco atrás nas minhas deciões, principalmente as pessoais, pois, em geral, estou absolutamente convicta sobre elas. E eu estava convicta que em 2012 correria uma maratona. Postei sobre isso neste blog em 2011.

Mas eu voltei atrás. As circunstâncias e um grande zelo (talvez excesso de zelo) com minha longevidade na corrida, me fizeram voltar atrás. Talvez um dia eu ainda escreva um post sobre isso.

Mas tenho um amigo que não voltou atrás! Tomamos juntos, em Setembro 2011, a decisão de correr a Maratona de Buenos Aires em 2012. Eu voltei atrás. Ele seguiu firme no plano original. Só voltou atrás sobre qual maratona correr. No caso dele, as circustâncias também mudaram e um tal de Mizuno Challenge e uma tal de Amsterdã foram tomando espaço em sua vida nos últimos 6 meses.

A história é linda. O Rodrigo é forte e determinado. Generoso e disciplinado como são Corredores em geral. Ele sonhou um sonho: o sonho da maratona condizente com o Corredor que ele é. Ele construiu esse sonho. Todo santo dia, todo santo quilômetro. Ele foi para Amsterdã e concretizou esse sonho.

A partir daqui quem conta esta história, em capítulos, é o próprio Rodrigo - o sonho, a construção e a concretização. Tudo isso me fez lembrar de algo que sempre falo para os que convivem comigo: "cuidado com o que você verdadeiramente deseja, pois a chance disso se realizar é enorme".

Rodrigo, o sonho foi nosso! Mas você, mais que eu, desejou verdadeiramente... e deu no que deu! Tenho um orgulho enorme de você e compartilho de toda sua alegria.
Mas nos conte aí como foi, meu amigo maratonista!


Como nasce um sonho – Parte 1

Foi no feriado de 7 Setembro de 2011... era uma divertida manhã entre amigos em Interlagos, e durante os 10k do GP Runners, conheci a blogueira deste blog que, em seguida, viria a se tornar uma grande amiga. E, por uma dessas felizes coincidências da vida, foi nesse dia especial que tomei uma decisão que me levaria até Amsterdam, prá realizar o que parecia um sonho distante.

Naquele dia, contando e lembrando da amarga experiência da minha estréia em maratonas em SP 2010 (que a própria Rivis reproduziu aqui: http://confissoesdeumacorredora.blogspot.com.br/2012/01/primeira-maratona-gente-nunca-esquece.html), foi que decidi que em 2012 faria uma maratona em alto nível – para os meus padrões, é claro! –, com a preparação e a dedicação que a distância merece.

O projeto inicial seria Buenos Aires, que tem se tornado uma boa opção para brasileiros que querem uma boa prova (fria e plana) sem ter que desembolsar muita grana ou dispor de um longo período para a viagem maraturística. Mas em março, lendo o blog da revista RW, me interessei pelo projeto Mizuno Challenge (www.mizunochallenge.com.br), um concurso que levaria 6 corredores prá a maratona de Amsterdam. Prá conseguir chegar lá? Era praticamente outra maratona...

Como se constrói um sonho – Parte 2

No Mizuno Challenge, competi contra cerca de 5.000 inscritos, de todo o Brasil. 30 nomes foram selecionados pelo perfil e categorizados entre corredores iniciantes, intermediários e avançados – fui inserido nesta última categoria. Os candidatos passaram por entrevistas no Rio, SP e Porto Alegre, e assim foram definidos os 18 finalistas: 2 atletas de cada categoria por cidade, sendo que ambos disputariam, em votação popular pelo Facebook, a chance de ingressar entre os 9 que fariam o treinamento de 5 meses.

Na votação, enfrentei o José Virgínio de Morais, o famoso “cabrito de Barueri”, campeão da Meia Maratona da Disney em 2012 e Tricampeão Brasileiro de Corridas de Montanha. Poderia ter dado a disputa como perdida mesmo antes de começar, mas os amigos não me deixaram esmorecer e empurraram a campanha adiante nas redes sociais. Após 10 dias de votação, venci a disputa com cerca de 1.400 votos (56% dos votos). Inacreditável, emocionante... prá mim, ali já era o auge da felicidade!

Em maio, começaram os treinamentos patrocinados pela Mizuno para os 9 finalistas. Recebemos material esportivo da marca, tivemos suporte de treinadores e nutricionistas e participamos de alguns desafios para seleção dos 6 que iriam para Amsterdam: uma prova de 10 milhas, um teste de velocidade de 3km (teste Cooper), uma prova de ritmo sem relógio, 20km subindo 10 ladeiras em sequência, um treino longo de 30k progressivos e uma prova de pista contra-relógio. Depois de todas as etapas, obtive a vaga pelo critério técnico, poupando meus amigos de nova votação no Facebook, que escolheria o 2º selecionado para Amsterdam.

Ao longo de todo o ano, o foco foi a maratona, e como bom engenheiro que sou, gosto de números... então vamos lá! (com a ajuda dos relatórios do GPS).
Em 2012, até a linha de chegada em Amsterdam foram...
- 122 atividades (entre mais de 100 treinos, 6 desafios e 7 outras provas)
- 1.520 km rodados, a uma média acima de 12km por treino
- 144 horas de treino (o equivalente a 6 dias ininterruptos correndo)
- por semana, uma média de 35k e 3,5h de treino, com picos de 65km e 6h semanais

Mas a verdade é que estes números frios não são capazes de traduzir toda a força e apoio que recebi dos amigos e família ao longo de todo o treinamento. O planejamento, o foco e a disciplina não seriam possíveis se ao meu lado não houvesse pessoas tão bacanas e especiais, que junto comigo abraçaram este sonho da maratona e que estavam ali, desde a largada em cada passada de Amsterdam...

Como se concretiza um sonho – Parte 3

Alinhado para a largada, na gélida raia 8 do Estádio Olímpico de Amsterdã, eu tentava imaginar o desafio que me esperava... mas nem a mais otimista das projeções me faria pensar na prova perfeita que estava prá ser realizada. Um sonho, que resumo assim:

Fatores externos:
- clima ideal, sem sol, temperatura de 10°C, sensação de 6 ou 7°C, na medida perfeita (o casaco voou no km2 e o manguito no km6)
- a largada é cheia, nada muito grave, mas não dá prá correr livre nos primeiros 12k; também dá uma encaixotada na ponte sobre o rio Amstel, no km 19 (de novo, nada grave - perdi uns 15 segundos).
- a volta pela borda leste do Amstel (km 20 ao 24) é mais apertada do que a ida - prá passar o pelotão dos pacers de 3h30, tive que meter o pé no cascalho e na grama
- o vento (lateral), na área rural, exigia estratégia: 90% do tempo me escondi sob os homens-muralha holandeses, no resto do tempo, dava uma refrescada no corpo.
- hidratação em copo aberto, um pouco diferente do costume no Brasil - precisa amassar a "boca" do copo prá não desperdiçar/engasgar
- música nos kms finais, para não cair a motivação
- público em 80% do trajeto (exceto área rural), com crianças oferecendo água ou com a mão estendida para um "high-five"
- e Amsterdam é plana, plana... imaginou uma panqueca? é por aí. Tá aqui: http://connect.garmin.com/activity/236320109

No aspecto Corredor (a parte mais imprevisível), parece que naquele 21 de Outubro, Murphy se escondeu do frio e não deu as caras... nada, simplesmente nada que poderia atrapalhar minha prova aconteceu:
- o posterior de coxa doeu suavemente no km 12 e assim seguiu pelos outros 30;
- o pé direito, machucado pelo cimento da pista do último desafio, doeu lá pelo 25, mas foi suportável;
- poplíteo, calcâneo, canelite e fascite ficaram no Brasil...
- as bolhas, comuns em 100% dos longos, passaram longe (concluí que são por causa do calor, e não da repetição)
- na alimentação, segui à risca a estratégia do amigo Iberê Dias, que recomendou 25g de carboidrato a cada 30 minutos; não usei sal nem tomei isotônico.

E o mais importante: a cabeça, que empurra com a mesma força que derruba, foi uma fortaleza... ao passar pelo portão do Estádio Olímpico, nos 300m iniciais de prova, foi como se eu tivesse entrado num túnel, onde eu só ouvia o som das minhas passadas e do meu corpo, como se eu estivesse sendo levado numa espécie de transe em direção ao próximo quilômetro... de tempos em tempos eu checava o ritmo no relógio, e ele quase não oscilava... esperei pelo cansaço, pelo muro, pela fadiga, pelas cãibras... nada... esperei tanto que só resolvi queimar os últimos cartuchos de energia já a 500m da chegada.

Foi quando avistei a minha esposa que com um grito de "Vai, Rô!" me deu o melhor e o pior momento da prova: me arrepiei de emoção e ao mesmo tempo o choro me impediu de respirar... uns 3 segundos de apnéia e pânico às portas do mesmo Estádio Olímpico, ali onde eu deixava o tal túnel prá cair na realidade que estava se concretizando: a tão sonhada maratona sub-3h30. A prova da minha vida!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Alimentos do humor


Os alimentos são essenciais para a manutenção do nosso corpo, da nossa mente, alguns, inclusive, interferem no nosso humor. Isso mesmo! Uma dieta rica em peixes, nozes e leguminosas pode fazer a diferença e nos deixar mais animados.

Tudo porque os alimentos citados acima contêm aminoácidos fundamentais para que nosso cérebro produza certos neurotransmissores - serotonina, dopamina e noradrenalina - que são relacionados ao humor.

Dopamina e Noradrenalina proporcionam energia e disposição, e são produzidas pelo cérebro com o auxílio de um aminoácido chamado tirosina. A tirosina pode ser encontrada em peixes, carnes magras, aves, leguminosas, nozes e castanhas, leite e iogurte desnatado.

A famosa Serotonina, produzida no organismo durante atividades aeróbicas intensas e presente em alimentos como chocolate, tem influência no estado de ânimo, sensação de bem-estar e humor das pessoas. Para ser fabricada, ela também depende da presença de um aminoácido - o triptofano. Na ausência de luz, o triptofano auxiliará na diminuição da temperatura central, favorecendo a melhoria da qualidade do sono. De acordo com alguns pesquisadores, o distúrbio do sono pode exercer um efeito depressivo no humor. São fontes dessa substância: peixes, carnes magras, leites e iogurtes desnatados, queijos brancos, nozes e leguminosas.

Mas não são apenas esses nutrientes que provocam alterações em nosso humor. Deficiências de vitaminas e minerais, principalmente a piridoxina, estão diretamente ligadas à conversão do triptofano em serotonina. Níveis sub-ótimos desse neurotransmissor podem acarretar em desequilíbrios no humor. Fígado de boi, bacalhau seco, frango, fígado de galinha, costela de porco, farelo de trigo, salmão, carne bovina e banana contêm piridoxina.






terça-feira, 23 de outubro de 2012

Dor de lado


Uma das principais inimigas dos Corredores, a dor aguda que aparece embaixo da costela, conhecida como dor desviada, dor do lado, dor de atleta, dor do baço entre outros nomes, costuma deixar muitos Corredores com cara feia por causa do incômodo que causa.

E por que essa dor aparece? Pergunta frequente entre os atletas, ela pode aparecer por três motivos distintos: esforço físico exagerado, respiração errônea na hora de dar as passadas e má postura.

Especialistas acreditam que essa dor ocorre quando o diafragma - vital para a respiração - trabalha demais durante uma corrida vigorosa e começa a ter espasmos.



# Insuficiência Circulatória Aguda - esforço exagerado
Quando o esforço físico é maior do que a capacidade do coração de aspirar todo o retorno do sangue venoso ao coração, gera, assim, um excesso de sangue pobre em oxigênio em alguns órgãos e causa dores ou desconfortos na região do fígado (lado direito do abdômen) ou no baço (no lado esquerdo).
Exercícios muito intensos geram desvio do fluxo de sangue do sistema digestivo para o músculo.

# Cãibras no Diafragma por Deficiência Respiratória
A respiração inadequada ou alta concentração de lactato sanguíneo devido à falta de condicionamento físico.

# Má Postura

Pessoas que regularmente apresentam má postura têm mais tendência a sofrer dessas dores laterais; quanto pior sua postura, mais severas as dores durante o exercício. Uma explicação para isso é que correr com má postura pode afetar nervos que vão da parte superior das costas até o abdômen.
Outra hipótese é que andar curvado aumenta a fricção sobre o peritônio, uma membrana que circunda a cavidade abdominal. Isso também pode explicar por que a respiração controlada parece ajudar a aliviar as dores: respirar fundo enche os pulmões e melhora a postura.

Enfim, a dor pode aparecer por causa do desconhecimento do atleta do seu próprio corpo, já que ele não sabe o quanto de esforço pode aguentar e por isso força-o demais. Pode também acontecer por respiração incorreta e por erros posturais.


A prevenção pode ser tanto um trabalho pré-corrida, com aquecimento específico, quanto aprender a respirar corretamente, sabendo, assim, a quantidade de oxigênio que o seu corpo precisa para uma melhor funcionalidade.

O Corredor iniciante deve começar a correr em um ritmo bem abaixo da sua velocidade média, fazendo o corpo se acostumar com a frequência de suas respirações. Um aquecimento mais lento vai acertar o trabalho muscular e ajeitará a respiração do Corredor.

Uma maneira eficaz de diminuir e até acabar com as dores é intensificar a respiração, insistindo em numerosas, fortes e prolongadas expirações, o que faz o Corredor se conhecer melhor em atividade, proporcionando o conhecimento da respiração ideal.

Uma das melhores maneiras de se conhecer é procurar saber qual é o seu tempo de respiração. O Corredor deve saber que não pode ter uma respiração nem tão acelerada, nem tão lenta. O aconselhável é a respiração apelidada de 2x2, ou seja, que a cada duas passadas, o corredor deve inspirar e respirar corretamente. Entretanto, Corredores não devem se preocupar tanto com isso, já que a respiração deve acontecer sozinha, de forma natural e involuntária.

Fonte: www.o2porminuto.com.br e www.noticias.uol.br/ciencia/ultimas-noticias

sábado, 20 de outubro de 2012

Escolhas pós treino


De todos os erros que podemos cometer após o exercício, ficar em jejum está no topo da lista – mesmo para quem quer emagrecer. No pós treino imediato, o organismo tem maior capacidade de absorver e reter nutrientes. É quando podemos garantir uma hidratação adequada, restaurar nossas reservas de carboidratos estocados sob a forma de glicogênio muscular e hepático e iniciar nossa recuperação orgânica.

A escolha certa dos alimentos faz toda a diferença. Se atacarmos o que vier pela frente sem critério, a recuperação não será satisfatória e o rendimento futuro pode ser prejudicado. Se você treina sem se preocupar com a alimentação, você não treina, apenas se esforça.

De forma geral, podemos dizer que os carboidratos (com exceção das fibras), as proteínas e os aminoácidos são os principais nutrientes a serem ingeridos em detrimentos dos lipídios (em algumas situações lipídios podem ser recomendados para o pós treino). A refeição pós treino deve ser feita preferencialmente sob a forma líquida (os nutrientes são mais rapidamente absorvidos), seguida de uma refeição sólida de 40 a 60 minutos depois.

Uma fonte extra de carboidratos pode ser a maltodextrina, glicose e, eventualmente, frutose. Recomenda-se a ingestão de 1 grama de carboidrato para cada quilo de peso corporal na primeira hora pós treino e um terço da quantidade de carboidratos na forma de proteínas – preferencialmente de absorção rápida.

O problema é que não vamos ao supermercado e compramos carboidratos e proteínas. Nós compramos alimentos e às vezes essa conversão é feita de forma errada pelos atletas. A seguir uma lista de alimentos que são fontes destes nutrientes.
















Alimentos fontes de...

(1)    PROTEÍNAS
a.       Animais
                                                               i.      Carnes (boi, frango e peixe)
                                                               ii.      Miúdos (fígado, moela, coração, língua)
                                                               iii.      Leite e derivados
                                                               iv.      Frios (peito de peru e presunto)
                                                               v.      Ovo

b.      Vegetais
                                                               i.      Leguminosas (sopa, feijão, ervilha)
                                                               ii.      Frutos oleaginosos (nozes, amendoim, sementes)

(2)    CARBOIDRATOS
a.       Cereais (arroz, milho, trigo, aveia)
b.       Alimentos feitos a partir de cereais (pães e massas)
c.       Raízes tuberosas e tubérculos (batata, mandioca, inhame, beterraba, cenoura)
d.       Frutas

Fonte: Revista The Finisher – setembro / outubro 2012

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Como um reloginho


Eu pratico isso há anos... meu corpo precisa e pede. Eu preciso. Eu como a cada 3 horas. Seja onde for, diante de quem for, em qualquer situação! Completaram-se as 3 horas de jejum, hora de comer. Se para você isso ainda não é uma rotina, hora de começar. Os benefícios são nítidos e rápidos.
A seguir, um texto que deixa claro os benefícios deste hábito do ponto de vista fisiológico e metabólico. 


Dá para perder peso sem mexer no cardápio – é possível até manter o doce. Basta colocar em prática uma regrinha: comer a cada três horas. OK, não é novidade. Mas você tentou? Ou melhor: se comprometeu de verdade a evitar jejuns prolongados?


Ficar períodos longos sem comer faz o corpo entrar em estado de alerta, imaginando que você está perdido no deserto sem comida. Daí, para se prevenir, passa a estocar gordura ao invés de queimar. E, ainda, põe em ação mecanismos que comprometem a saúde.

Antes de achar que a regra das três horas não ajuda a perder peso, saiba que ela transformou o livro A Dieta das 3 Horas, do americano Jorge Cruise, em um sucesso nos Estados Unidos. Esse programa de emagrecimento elencou uma série de providências, como fazer um contrato de sucesso para ajudar você a fracionar as refeições. Agora entenda por que 3 é o número mágico contra as gorduras.

Metabolismo a mil: toda vez que você come, gasta calorias na tarefa de digerir os alimentos. Esse gasto é maior imediatamente após a refeição, quando o corpo inicia o processo de digestão. Por isso, comer a cada três horas obriga o corpo a reiniciar a digestão de cinco a seis vezes por dia, queimando mais calorias e fazendo você perder peso.

Menos gordura, mais músculos: três horas depois de uma refeição, o organismo encerra o processo de digestão – os excessos são estocados na forma de gordura e o corpo passa a buscar combustível nos músculos. Se você comer antes desse sistema ser acionado, a gordura vai embora e os músculos ficam. E, como os músculos são queimadores de energia, ajudam a manter o metabolismo acelerado e o corpo em forma.
 

Barriga chapada: quando você está com fome, o que pode ser entendido como uma espécie de stress, seu corpo produz uma quantidade maior de cortisol. Quantidades elevadas desse hormônio estão associadas aos estoques de gordura abdominal.

Fome econômica: fazer refeições a cada três horas emagrece sem sacrifício, pois você come antes de ficar faminto. E existem duas vantagens nisso: quando nos satisfazemos com porções menores, economizamos calorias e mantemos em equilibrados os níveis de insulina. Se você consome um prato gigante, produz muita insulina (hormônio cuja tarefa é carregar a glicose para dentro das células). E, em excesso, esse hormônio engorda e dá mais fome. Em outras palavras, comer muito de uma só vez, pode, ao invés de lhe saciar, lhe dar ainda mais fome e/ou compulsão por comer mais!

Muita gente só se lembra de comer quando a fome está quase incontrolável – e aí lá vem peso extra. Você faz o mesmo? Então, coloque em prática o plano de adesão à dieta das 3 horas.

Seu plano de adesão à dieta das 3 horas
As técnicas reunidas no programa criado por Cruise são bastante simples: mantêm você motivado para fazer seis pequenas refeições por dia

1. Faça um pacto com você
Preencha o contrato de sucesso e pendure-o num lugar visível. Esse “documento” vai servir de lembrete sobre sua decisão de emagrecer, ajudando-o a se manter firme no programa.

2. Agende as refeições
Anote o horário de cada uma delas, todos os dias. Se você tomou o café da manhã às 7 horas, agende o lanche às 10, o almoço às 13, outro lanche às 16, o jantar às 19 e um último lanche às 22. Tudo bem se você se atrasar 10 ou 15 minutos. Mas procure ser o mais pontual possível para garantir resultados. E tente respeitar sempre os mesmos horários – organização emagrece e seu corpo gosta de rotina. E jamais se esqueça de ingerir ao menos oito copos de água por dia, de preferência entre as refeições.

3. Coloque seu celular para tocar
Programe seu relógio ou celular para despertar três horas depois do café-da-manhã. Faça o mesmo para as outras refeições. Você está no trabalho e precisa ser mais discreto? Se você não desgruda do seu celular, ponha o alarme para tocar a cada três horas. Ou, ainda, programe seu calendário eletrônico para disparar na tela do computador o lembrete: HORA DE COMER!

4. Programe os lanches
Compre lanches para levar na bolsa/mochila ou guardar na gaveta do trabalho. Se deixar para resolver essas minirrefeições no dia, corre o risco de não ter nada para comer na hora programada. Ok, se precisar você pode comprar uma barra de cereais na máquina ou ir até a lanchonete para tomar um suco. Mas se estiver numa reunião ou no meio de uma tarefa urgente, melhor se prevenir com algumas barrinhas ao seu alcance.

5. Imagine-se bem
Esse exercício ajuda a tornar realidade o que deseja. Se você se concentrar na gordura que não quer, continuará com ela. Então, se enxergue com o corpo mais enxuto e bem feliz. Faça esse exercício de visualização todos os dias, “enxergando-se” sempre numa situação positiva.

6. Reserve um tempo para os exercícios
Cruise propõe dedicar um pequeno tempo diário aos treinos com peso. Eles ajudam você a ganhar músculos, o que acelera a perda de peso.

Fonte: site www.boaforma.abril.com.br


domingo, 30 de setembro de 2012

Um adendo


Este post é um adendo. Um adendo a dois outros posts que publiquei em 2011.
Do dicionário, Adendo...

adendo 
s. m.
1. O que se junta a uma obra para a completar. = ANEXO, APÊNDICE
2. Aquilo que se acrescenta a algo.



Nestes 2 posts eu contei a história e a trajetória esportiva de Marcelo Apovian (o Lelo), ex-esquiador profissional e um dos melhores maratonistas amadores do Brasil. Nos posts contei sobre seu grave acidente no esqui em 1999, sua impressionante batalha de recuperação e suas conquistas e números em provas de rua.

E isso me causou um enorme problema... registrar em posts, blogs, sites ou em um papel de pão os tempos alcançados por Lelo em suas provas, é de uma inocência juvenil. É fazer o registro e vem a necessidade de reescrever o registro. Isso porque ele não pára de melhorar.

Meus posts ficaram desatualizados, daí a necessidade deste adendo. Enquanto eu escrevo sobre suas provas, ele vai tirando minutos e segundos em consecutivas competições. Nos últimos 18 meses melhorou seus 10km. Seus 16km (eu vi!). Seus 21km (eu vi também). E hoje, 30 de Setembro, em Berlim, na 39ª edição da Maratona da capital alemã, melhorou de novo. Se em 2009 ele passeou por 42.195 metros na bela Berlim, azedou a bacalhoada do Portuga (http://confissoesdeumacorredora.blogspot.com.br/2011/06/pegaram-o-portuga.html), e cravou 2h 37’ 58”, hoje ele fez o de sempre: melhorou. E correu pra 2h 36’ 29”. Para quem prefere isso em outra língua, toma lá: Lelo correu 42 km fazendo média de 3’42”/km. Ou ainda, média acima de 16km/h. Para a absoluta maioria dos Corredores, um tiro de 1km a 16km/h já não é possível. Nem um tirinho de 1km. Esse menino que em menos de 3 meses completará 40 anos, fez 42 desses tiros.
Esse tempo o colocou na 113ª posição dentre mais de 40 mil Corredores - ele está entre o 0,3% dos melhores Corredores amadores e profissionais desta prova. Isto merecia um adendo.

Adendo foi fácil conceituar. Fui ao Aurélio e busquei. Conceituar ou definir Marcelo Apovian é mais difícil. Talvez tão difícil quanto correr 42 km em 2h36’. Não que ele seja misterioso ou introspectivo. Nada disso! Ele é a transparência em pessoa. É difícil, pois ele é uma multiplicidade de adjetivos. Vou me arriscar. Talvez 42 adjetivos seja um bom número pra hoje.

Confiável. Confiante. Íntegro. Inteiro. Inquieto. Inteligente. Forte. Firme. Decidido. Sensato. Generoso. Sensível. Otimista. Inconformado. Justo. Educado. Ambicioso. Obstinado. Honesto. Sincero. Gentil. Elegante. Simples. Cavalheiro. Focado. Ativo. Alegre. Maduro. Espirituoso. Astuto. Independente. Corajoso. Determinado. Natural. Equilibrado. Vigoroso. Criativo. Curioso. Tenaz. Seguro. Prudente. Coerente. 

Assim é Lelo. Para mim particularmente, ainda é exemplo. Inspiração. Influência da melhor espécie. Um amigo muito querido.

Lelo, quando é que você vai parar de me dar trabalho extra de atualizar seus números no meu blog? Pelo jeito não vai parar tão cedo! Você é assim. Você funciona assim. Tem problema não... eu continuarei publicando adendos para continuar completando a sua obra. 

Para terminar, vou transcrever uma entrevista que ele deu há alguns dias para a Revista The Finisher. No fim da mesma ele fala de seus planos de desacelerar depois da maratona que correu hoje. De correr apenas para se divertir, sem a pressão de melhorar a cada prova (mas aqui vale uma pausa, só para calibrar o que é diversão para ele: em 2011 ele correu a Maratona de NY a convite da Asics. Como não era prova-foco, disse que iria apenas para se divertir. Me lembro que lhe perguntei semanas antes da prova se lhe passava pela cabeça fazer algo diferente de um sub-3 horas, já que estava indo apenas para se divertir. A resposta objetiva e previsível foi “Não”).

Muita gente duvida dessa promessa de desacelerar. Eu sinceramente não. Se ele está dizendo isso, é porque assim será. Com ele é assim, decidiu está decidido.

Você, Lelo, fez e faz muito pelo esporte. Foi a Olimpíadas esquiando. Foi a várias Majors sofrendo ou passeando. Você colocou o seu corpo e o seu coração a serviço do esporte. E tem colhido o que plantou: o carinho, a torcida e a paixão dos amantes do esporte. Você é a prova de que, na vida, recebemos das pessoas o que oferecemos a elas.

Obrigada por nos encantar e inspirar sempre. Deliberadamente. Inadvertidamente.

E agora, a entrevista de Marcelo Apovian, dias antes do novo recorde pessoal cravado hoje em Berlim.


No próximo domingo largo para a Maratona de Berlim. Não sou bom de matemática, mas preciso dos números para buscar meu objetivo.
Vão alguns:
- Foram 20 meses de planejamento (desde 01/2011). Durante esse tempo, bati 3 x meu recorde pessoal nos 21km, bati 2 x meu recorde nos 10km, bati 1 x meu recorde nos 16km e fiz minha segunda melhor maratona, 2:41 em NY 2011;
- Durante o ciclo especifico de treino, fiz 10 semanas com mais de 95km rodados e 3 semanas com mais de 80km;
- Sem dúvida, foi a prova que mais treinei e a que mais tive problema para seguir treinando. Tive inúmeras dores nas pernas e nas juntas. Nos últimos dias peguei uma gripe que me deixou de cama;
- Emagreci 8 kg do meu peso máximo e 6 kg do meu peso padrão;
- Venho falando para muitos que essa vai ser minha ultima maratona "pancadaria", "sangue nos oio". Ninguém acredita, mas vai ser !
- To com 40 anos, chega de judiar do meu corpo! Sem duvida é uma agressão e ele reclamou neste período. As próximas vão ser para passear :-)

21 km Golden4 Asics SP 2012
Maratona NY 2011

16km Circuito Athenas SP 2012